Livros que CEOs brasileiros indicam para mudar hábitos e mentalidade em 2026

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Líderes de empresas como KFC Brasil, EspaçoLaser, Tacobell Brasil falam sobre livros que os inspiraram no decorrer deste ano. 



André Aguiar, Otávio Pimentel, Magali Leite e Tito Barroso, CEO's de Inspira Rede de Educadores, KFC Brasil, Espaçolaser e Taco Bell Brasil, respectivamente. (Fotos: Divulgação)


Fim de ano combina com retrospectiva, novos planos e aquela pergunta clássica: “o que dá para fazer diferente no próximo ano?”. No universo corporativo, uma resposta aparece com frequência entre líderes de grandes empresas: ler mais — e melhor. Para além do discurso motivacional, a leitura tem sido uma aliada real na construção de liderança, equilíbrio emocional e visão estratégica.

Não é só percepção pessoal. Estudos apontam que ler com frequência mantém o cérebro ativo, melhora a saúde mental e amplia habilidades como empatia, compreensão emocional e capacidade de colaboração — competências cada vez mais valorizadas no mercado. Pensando nisso, CEOs de grandes marcas que atuam no Brasil compartilharam livros que marcaram suas trajetórias e ajudaram a mudar hábitos, dentro e fora do trabalho.

Emoções também fazem parte da estratégia

Para André Aguiar, CEO da Inspira Rede de Educadores, entender emoções é parte essencial da liderança. Uma de suas leituras de destaque foi Emocional: A nova neurociência dos afetos, de Leonard Mlodinow. O livro explica como o cérebro cria respostas emocionais que influenciam comportamentos, decisões e relações.

Na visão do executivo, compreender esses mecanismos amplia o autoconhecimento e ajuda líderes a lidarem melhor com pessoas e cenários complexos. Em ambientes em constante transformação, saber ler emoções pode ser tão estratégico quanto analisar números.


Liderança sem frases prontas

No KFC Brasil, Otávio Pimentel defende uma visão mais realista sobre o papel do CEO. Por isso, sua principal recomendação é The Hard Thing About the Hard Things, de Ben Horowitz.

A obra foge do glamour da liderança e mergulha nas decisões difíceis: demissões, crises financeiras, escolhas impopulares e a solidão de quem está no comando. A principal mensagem é direta: não existem manuais para os momentos mais críticos. Liderar, muitas vezes, é escolher o “menos pior” e sustentar o time mesmo quando o cenário é desfavorável.

Quando a literatura ensina a liderar

Para Magali Leite, CEO da Espaçolaser, a inspiração veio da ficção. O livro Tudo é Rio, de Carla Madeira, foi uma leitura marcante por abordar a complexidade das relações humanas, das dores pessoais e da capacidade de recomeçar.

Segundo ela, a obra provoca reflexões profundas sobre limites emocionais, escolhas e transformação — temas que também fazem parte da rotina de quem lidera pessoas. Nem todo aprendizado vem de livros de negócios, e a sensibilidade também pode ser uma ferramenta poderosa de gestão.

Cultura forte não nasce do controle

Tito Barroso, CEO da Taco Bell Brasil, destaca A Regra é Não Ter Regras, de Reed Hastings e Erin Meyer. O livro revela os bastidores da cultura organizacional da Netflix, baseada em liberdade com responsabilidade, transparência e equipes altamente qualificadas.

Para o executivo, a leitura mostra que líderes mais eficazes são aqueles que dão contexto, não controle. Em setores dinâmicos, como o de alimentação, criar ambientes de autonomia e confiança pode ser decisivo para inovar e crescer de forma sustentável.

No fim das contas, as indicações desses CEOs mostram que mudar hábitos não passa apenas por metas ambiciosas ou agendas cheias. Muitas vezes, começa com um livro aberto — e a disposição de repensar a forma de liderar, decidir e se relacionar com as pessoas ao redor.

*Com informações de Isabela Manocchio




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