1º de agosto: Dia Mundial da Amamentação reforça importância do leite materno para a saúde de mães e bebês

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A data também abre a Semana Mundial de Aleitamento Materno, celebrada de 1º a 7 de agosto, que integra o movimento do Agosto Dourado, mês de conscientização sobre a importância do aleitamento materno. 

01/08/2025 — 00:00

Foto: Canva

O dia 1º de agosto marca o Dia Mundial da Amamentação, uma data que vai além da simbologia: trata-se de um chamado global para a valorização de uma prática essencial à vida, à saúde e ao desenvolvimento infantil. A data também abre a Semana Mundial do Aleitamento Materno, celebrada de 1º a 7 de agosto, que integra o movimento do Agosto Dourado, mês dedicado à conscientização sobre a importância do aleitamento materno.

Criada em 1992 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo UNICEF, a semana temática visa proteger, promover e apoiar o aleitamento materno em todo o mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde aderiu à campanha e estabeleceu como meta atingir 70% de amamentação exclusiva até os seis meses de vida até 2030 — índice que atualmente gira em torno de 45%.

Benefícios que atravessam gerações

O leite materno é considerado o alimento mais completo e seguro para os primeiros meses de vida. Rico em anticorpos, vitaminas, proteínas e gorduras na medida certa, o aleitamento é capaz de reduzir em até 13% a mortalidade infantil por causas evitáveis. Além disso, a amamentação exclusiva até os seis meses está associada a menores índices de infecções respiratórias, diarreias, alergias e doenças crônicas como diabetes e obesidade.

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Estudos apontam que crianças amamentadas por pelo menos um ano têm QI até quatro pontos maior, melhores rendimentos escolares e ganhos salariais mais elevados na vida adulta. Para as mães, os benefícios incluem a redução do risco de câncer de mama e ovário, auxílio na recuperação pós-parto e menor risco de depressão.

Um gesto de cuidado, saúde pública e sustentabilidade

Amamentar é um ato de amor e vínculo, mas também uma estratégia eficaz de saúde pública. Segundo a OMS, a amamentação universal até os dois anos poderia salvar mais de 820 mil vidas de crianças por ano em todo o mundo.

Além disso, é uma prática ecológica e sustentável, pois dispensa produção industrial, embalagens e descarte de resíduos, ao contrário das fórmulas infantis processadas.

Desafios e apoio necessário

Mesmo com tantos benefícios comprovados, muitas mulheres enfrentam barreiras para amamentar. A volta precoce ao trabalho, a falta de informação e o pouco apoio institucional ainda dificultam a continuidade da prática. Iniciativas como o "Hospital Amigo da Criança" e a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano são essenciais para garantir suporte técnico e emocional às mães em todo o país.

Um convite à reflexão

Neste 1º de agosto, Dia Mundial da Amamentação, a sociedade é convidada a olhar com mais empatia e responsabilidade para as mulheres que amamentam. Garantir espaços de acolhimento, licença maternidade adequada e informação acessível são medidas fundamentais para ampliar os índices de aleitamento e promover um futuro mais saudável desde o começo da vida.

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