Ideia é manter os
pequenos ativos e menos dependentes das telas.
Por KAMILLA
CERBINO* da AGÊNCIA BRASIL,
Brasília/DF

Um grande desafio dos
pais é saber como manter os filhos ocupados nos períodos livres, principalmente
no período das férias, sem ter necessariamente que deixá-las diante das telas
de celulares e tablets. Diante dessa questão, a estudante de pedagogia e
digital influencer, Jaqueline Arantes, reuniu várias brincadeiras facilmente
executáveis em um manual. São atividades com bolinhas, tintas, bexigas, papelão,
que podem ser feitas principalmente com crianças entre 3 e dez anos e feitas
individualmente ou em companhia.
“Lancei como uma forma de
disponibilizar algumas ideias para quem está com os filhos de férias não deixar
as crianças só na frente das telas”, disse Jaqueline. Segundo ela, as
atividades além de manterem as crianças ocupadas, ajudam a desenvolver habilidades
como coordenação motora, concentração, memória, criatividade e paciência.
A psicóloga Stephannie de
Sousa Oliveira, do Instituto Brasiliense de Análise do Comportamento, afirma
que as crianças que passam muito tempo conectados a internet podem perder a interação
social com o outro. ” Elas se veem em uma outra realidade, passam a ter uma
realidade virtual, e isso atrapalha muito no desenvolvimento infantil e do
adolescente, eles perdem a capacidade de estar com outra pessoa, de uma relação
frente a frente, de como se portar”.
A psicóloga enfatiza que
para prevenir o uso excessivo da internet nas férias, os pais podem oferecer
novas opções, outros meios de diversão de jogos que estimulem os movimentos das
crianças “Para evitar esse uso exagerado, a família pode colaborar e se mostrar
disponível, relembrar os jogos que os pais brincavam em sua época , fazer
atividades manuais onde as crianças se sentem muito comprometidas, jogos
coletivos com a família”.
Stephannie afirma que o
principal motivo dos pais deixarem os filhos tanto tempo conectados normalmente
é falta de tempo dos pais. ‘’Com a falta de tempo dos pais com as
crianças, eles acabam permitindo que os filhos passem a interagir
virtualmente”. Ela ressalta que a falta de limites também pode gerar más consequências
na educação dos filhos.
Segundo a psicóloga, o
uso exagerado da internet pode agravar doenças psicológicas sérias ainda na
infância. ‘’Algumas crianças chegam a desenvolver depressão, a
dificuldade em expressar suas emoções, insônia e principalmente ansiedade’’.
Outra condição que pode
ser desenvolvida com o uso das telas é a nomofobia, um medo irracional de ficar
sem celular. Segundo Stephannie, é muito comum crianças e adolescentes com
nomofobia sentirem tremores, na falta do aparelho.
Além de ter em mente
atividades que possam atrair o interesse dos pequenos, a interação com outras
crianças é fundamental interação com outras crianças. “A socialização é
fundamental para o desenvolvimento das crianças, na infância interagir com
outras crianças da mesma idade é a cultura de determinada geração de como
interagir em uma sociedade”.
Acesse as duas edições do
manual.
*Sob a supervisão de
Aline Leal