Obsessão: Teatro do Outro Mundo revela a história sombria do espírito Arthur

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“Arthur – Uma história sombria”, terceiro espetáculo do Teatro do Outro Mundo estreia neste fim de semana no Teatro do SESC em Lages.

Por EDSON MARCONDES CARVALHO da ASSESSORIA DO SESC,
em Lages/SC

📷 Luis Tutu / Divulgação

 “Arthur – Uma história sombria”, terceiro espetáculo do Teatro do Outro Mundo, tem data de estreia marcada: sábado (11) e domingo (12), às 20h, no Teatro do Sesc, em Lages. A entrada é gratuita. O roteirista e produtor do grupo, Edson Marcondes, volta a interpretar o obsessor Arthur que, em “Semeai e Colhei” (2014), vingou-se de Hugo e Helena, responsáveis por sua morte 300 anos atrás. A direção, som e luz são de Bruno Fortkamp que desde a primeira peça trabalha voluntariamente com o Teatro do Outro do Mundo.

O espetáculo tem duração de aproximadamente 40 minutos. “Preferimos um enredo com tempo menor de duração para não causar desconforto a quem for assistir. Isso porque toda a história se desenrola no que poderíamos chamar de ‘Baixo Umbral’ no mundo dos espíritos”, explica Marcondes. Umbral, conforme a Doutrina Espírita é a região astral mais próxima da Terra, havendo diversos níveis, dos mais densos, quase como na vida física, aos mais próximos das colônias de recuperação e regeneração, sendo, assim, menos “grosseiros”.

Marcondes atuará sozinho no palco. “Ou quase só, pois Arthur se vê perseguido por ‘vozes’ que o levam a diferentes estados de ânimo e lucidez, perdendo-se entre lembranças aterrorizantes misturadas com a realidade amarga de onde se encontra”, antecipa. Preocupado com possíveis impactos no público, Marcondes esclarece que o roteiro poderá ser classificado como algo próximo do horror por alguns, por isso sugere que menores de 12 anos só assistam à peça depois que seus pais ou responsáveis forem ao espetáculo e analisem o conteúdo. “Não há proibição, apenas sugestão”, afirma.

Arthur – Uma história sombria revela onde estava o obsessor antes de reencontrar Hugo e Helena em Semeai e Colhei e como ele chegou ao casal, quando “fez sua ceifa”. Com um texto relativamente “rebuscado” e bastante “poético”, o autor sintetiza diversos aspectos sobre o comportamento dos espíritos ainda vinculados ao mal, que transitam entre os mundos dos encarnados e dos “mortos”, em busca de suas “presas”.

Apesar de não ser baseado em nenhum livro, o roteiro está de acordo com estudos do espírito André Luiz, relatados em obras como “Ação e reação”, “Sexo e destino”, “Libertação” e “Nosso Lar”, transmitidas mediunicamente a Chico Xavier e Waldo Vieira. “É um espetáculo para chamar a atenção sobre alguns aspectos e impactos que quem estagia no Umbral pode desencadear na vida de quem está ‘do lado de cá’ da vida. Esperamos público de todas as religiões e mesmo ateus que gostam de teatro, porque antes de tudo, nosso objetivo é fazer arte”, esclarece.

Ficha técnica

O diretor Bruno Fortkamp é poeta e escritor, estudioso e desenvolvedor de projetos cinematográficos. Fortkamp dirigiu Semeai e Colhei em 2014 e Grávida em 2015. Os dois espetáculos fizeram parte da programação do Festival de Teatro de Lages (Fetel). Grávida foi ainda apresentado em Florianópolis.

Entre outros colaboradores estão Ivete Recalcati (arte gráfica); Luis Tutu (foto); Vilmar Reis (produção de áudios – vozes); Grazi Cantelli (figurino, produzido em 2014 para Semeai e Colhei); além de Núbia Garcia, Natacha Garcia, Rosa Abou Hatem, Marcelo Machado e outros parceiros.





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