Oportunidade aos músicos
locais de apresentarem seus trabalhos também é um dos objetivos do Piano de
Sobremesa.
Por FABRICIO FURTADO da FCL,
em Lages/SC
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📷 Fabricio Furtado / FCL |
De 17 de janeiro até
hoje, 8 de abril, o pianista Antonio Lugon apresentou-se vinte vezes no palco
do Teatro Municipal Marajoara nas terças e quintas-feiras das 12h30 às 13h30 –
à exceção da estreia que foi em uma quarta-feira - com uma alternância de músicos
convidados e com público atingido de mais de 300 pessoas.
Se para a quantidade de
lugares que o Marajoara oferece (mais de 400), 300 pessoas ao longo dos dias
pode parecer um número baixo, e por essa estatística, o próprio pianista
acredita que pelo horário e pela novidade, o projeto é um sucesso. “Fazer
música ao vivo, gratuita e um horário fora do usual em uma cidade que não está
acostumada com esse tipo de atividade cultural é bem trabalhoso. A gente
comemora o projeto e os números, pois quem foi acompanhou dias de boa música.
Temos a proposta de voltar com o projeto em breve,” comenta Lugon.
O Piano de Sobremesa
encerra suas apresentações nesta semana, nos dias 9 e 11 de abril, no mesmo
horário, das 12h30 às 13h30 com entrada gratuita e classificação livre.
Participações especiais foram a cereja do bolo
Que Lages é um polo
musical há muito tempo, os livros e a história da nossa música contam e canta
para todo o mundo. Oportunizar para que outros músicos apresentem seus
trabalhos também é um dos objetivos do Piano de Sobremesa. Ao lado de Lugon, se
apresentaram convidados especiais, as guitarras de Beto Castro e Caçula, a
percussão de Jacko na semana de carnaval, e o tradicionalista Éder Goulart.
Dias de homenagem a Tom Jobim e aos clássicos do cinema também fizeram parte
dos dias do Piano de Sobremesa.
Lugon espera que na volta
do projeto, provavelmente na Festa do Pinhão, outros músicos possam mostrar
seus trabalhos e mais parcerias ocorram, para que no futuro esse mesmo projeto
ou ações semelhantes possam acontecer não só no Teatro, mas em mais locais pela
cidade.
Para o superintendente da
Fundação Cultural de Lages (FCL), Giba Ronconi, o projeto deve se destacar pela
iniciativa e voluntariado de Lugon. “Não há cachê ou orçamento para o projeto,
ele foi realizado totalmente com a iniciativa do músico, equipe do Marajoara e
um esforço de divulgação que fizemos com as redes sociais e alguns cartazes.
Isso resultou em uma ideia sensacional que agora temos argumentos para
buscarmos recursos para uma volta em breve do projeto”, acredita.