Nesta sexta-feira (28), a banda Capital Inicial lançou o EP ''Movimento'' em todas as plataformas digitais de música. Esse trabalho trouxe as faixas ''Você Me Ama de Verdade?'', ''Mistério'', ''Liga pra Mim'', ''Cores de Maio'' e ''Sentido do Fim'', que são as primeiras canções inéditas que o grupo brasiliense lança desde o álbum ''Sonora'' (2018).
Durante as gravações de ''Movimento'', Dinho Ouro Preto (vocalista), Fê Lemos (baterista), Flávio Lemos (baixista) e Yves Passarell (guitarra) contaram com a companhia de dois amigos que também fazem parte da história da banda: Thiago Castanho (guitarrista do Charlie Brown Jr. que excursionou com o Capital, durante a turnê ''Acústico NYC'') é coautor e guitarrista da faixa ''Mistério'' , enquanto Kiko Zambianchi (dono do hit ''Primeiros Erros'') é coautor e violonista da faixa ''Cores de Maio''.
Embora o Capital Inicial possua mais de 40 anos de carreira, a intenção do líder do grupo (Dinho Ouro Preto) sempre foi de manter acesa a relevância da banda perante o público jovem. Por esse motivo, os escolhidos para produzir este EP foram Douglas Moda e Marcelinho Ferraz (dois dos produtores mais cobiçados do momento, no mercado da música pop nacional). A dupla injetou bastante modernidade às canções novas do Capital e proporcionou, até mesmo, um remix eletrônico para ''Você Me Ama de Verdade'' (remix, esse, que foi lançado como faixa bônus do EP) Entretanto, por mais que Moda e Ferraz estejam mais acostumados a produzir trabalhos para artistas como Iza, Jão e Luísa Sonza, a sonoridade roqueira do Capital Inicial não se perdeu em meio à produção: mesmo inserindo vários elementos eletrônicos no repertório, os dois respeitaram a essência da banda, ao fazerem de “Movimento” um lançamento que não deixa as guitarras distorcidas totalmente de lado.
É claro que este EP está longe de ser o melhor trabalho da discografia do Capital Inicial (na minha opinião, esse título fica com o sensacional disco de estreia do grupo, lançado em 1985), mas, mesmo assim, “Movimento” possui os seus méritos: é um registro onde o Capital abraça a modernidade pop sem deixar de se enquadrar no rock e/ou causar estranheza nos ouvintes — sem falar que o simples ato de ver uma banda de rock dos anos 1980 em plena atividade e se esforçando para lançar músicas inéditas já é ''do car@lh0'' (como diria Dinho Ouro Preto).
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