Lages institui oficialmente o Serviço de Apadrinhamento “Acalento”

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Atualmente, o serviço já conta com 32 padrinhos cadastrados — quatro efetivos, 18 prestadores de serviço e 10 provedores. 


Fotos: Marcos Heitor de Carvalho / PML

A Prefeitura de Lages sancionou a Lei nº 4.818, que cria o Serviço de Apadrinhamento “Acalento” no município. A iniciativa, conduzida pela Secretaria Municipal de Assistência Social, foi oficializada em ato realizado no Gabinete da Prefeita Carmen Zanotto, em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e normas da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Lages. 

O programa tem como objetivo assegurar a convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes acolhidos no Serviço de Acolhimento Institucional (Saica), por meio de três modalidades de apadrinhamento: afetivo, prestador de serviços e provedor. Atualmente, o serviço já conta com 32 padrinhos cadastrados – quatro afetivos, 18 prestadores de serviço e 10 provedores.

Segundo a Prefeitura, o apadrinhamento afetivo se destina a crianças e jovens entre 8 e 17 anos, permitindo experiências em ambiente familiar sem caráter de adoção. Nessa modalidade, os padrinhos podem receber os afilhados em finais de semana, feriados ou férias, sempre com acompanhamento técnico e capacitação prévia. Já o apadrinhamento por prestação de serviço envolve profissionais que oferecem sua expertise em áreas como saúde, educação e lazer. O provedor, por sua vez, contribui financeiramente ou com doações que garantem necessidades básicas ou oportunidades de desenvolvimento, como cursos e atividades esportivas.

Durante a cerimônia de sanção, a prefeita Carmen Zanotto ressaltou a importância da iniciativa para a proteção integral de crianças e adolescentes institucionalizados. “Este não é apenas mais um ato de sanção de uma lei, mas sim, estamos neste ato cuidando da vida das nossas crianças e dos nossos adolescentes institucionalizados, muitos deles não tiveram a mesma oportunidade de vida que a grande parte da nossa população teve", destacou.


A secretária de Assistência Social, Inês das Graças Salmória, também reforçou o impacto positivo das relações estabelecidas. “Essa iniciativa tem potencializado relações e as trocas de afeto entre padrinhos e afilhados têm sido verdadeiramente impressionantes; o afeto positivo tem o poder de transformar e curar", afirmou.

Representantes do Ministério Público e do Judiciário também reconheceram a relevância do programa. O promotor de Justiça Gian Carlo da Rosa classificou a medida como um avanço efetivo na garantia do direito à convivência familiar, enquanto o juiz da Infância, Ricardo Alexandre Fiuza, destacou a sensibilidade da atual gestão com o tema.

Para ampliar o alcance da iniciativa, será realizada uma chamada pública no dia 25 de setembro, às 19h, no CCJ da Uniplac, voltada à inscrição de novos padrinhos.

*Com informações de Samuel Gonçalves, da PML






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