Santa Catarina é destaque nacional na igualdade na distribuição de renda entre trabalhadores ocupados, conforme os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), referentes ao primeiro trimestre de 2025. O estado apresenta o menor Índice de Gini do país, consolidando-se como a unidade federativa com melhor desempenho no indicador.
Menor Índice de Gini do país
O Índice de Gini, referência internacional para medir o grau de desigualdade de renda, varia entre 0 e 1 — sendo 0 o cenário de total igualdade e 1 o de máxima concentração de renda. Santa Catarina registrou índice de 0,424, enquanto a média nacional ficou em 0,516, o que representa um desempenho 17,8% superior à média das demais unidades da federação.
Os dados consideram os rendimentos efetivamente recebidos por pessoas com 14 anos ou mais em todos os trabalhos exercidos no período analisado. A liderança catarinense no ranking nacional reforça uma tendência histórica: desde 2012, ano de início da série da PNAD Contínua, Santa Catarina ocupa as primeiras posições em menor desigualdade, com exceção de 2021.
Panorama setorial e regional da renda em SC
A Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) publicou, em 7 de agosto, uma nova edição do Boletim Trimestral de Indicadores do Trabalho, com uma análise detalhada sobre a distribuição de renda no estado. O estudo aborda o desempenho do Índice de Gini por regiões geográficas, setores da economia, sexo e nível de escolaridade.
Dentre os setores analisados, Alojamento e Alimentação se destacou com um dos menores índices de desigualdade: 0,357, resultado de uma trajetória de redução de aproximadamente 20% entre 2012 e 2025.
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Igualdade salarial entre mulheres e impacto da educação
Outro dado relevante diz respeito à distribuição de renda entre mulheres ocupadas em Santa Catarina. No primeiro trimestre deste ano, elas apresentaram Índice de Gini de 0,407, um dos mais baixos em comparação com os demais recortes analisados.
Quando o critério é o grau de instrução, trabalhadores com ensino médio completo ou equivalente registraram o menor nível de desigualdade de renda, com índice de 0,324.
Políticas públicas e ambiente favorável ao emprego
O desempenho catarinense é atribuído a um conjunto de fatores estruturais e políticas públicas, como o alto nível de formalização do mercado de trabalho, baixa taxa de desemprego e elevada produtividade econômica.
De acordo com o secretário de Estado do Planejamento, Fabrício Oliveira, a consolidação de Santa Catarina como uma das economias mais equilibradas socialmente é resultado de estratégias governamentais integradas. “Esses dados refletem um esforço contínuo do Governo do Estado e da sociedade catarinense na construção de um ambiente econômico estável e inclusivo”, destacou.
O governador Jorginho Mello também enfatizou a importância da geração de emprego como instrumento de transformação social. “Emprego é liberdade e oportunidade. Trabalhamos todos os dias para manter um ambiente com menos burocracia, mais segurança jurídica e incentivo ao empreendedorismo”, afirmou.