A cidade de Lages está de olho no futuro da mobilidade urbana — e, para isso, resolveu colocar os olhos no céu. A Secretaria do Planejamento Urbano (Seplam), em parceria com a Diretran, passou a usar drones para estudar o tráfego da cidade. A ideia é simples: com imagens aéreas em tempo real, fica muito mais fácil entender onde o trânsito trava, onde a sinalização precisa de reforço e até onde um semáforo novo pode fazer diferença.
O novo equipamento promete transformar a forma como a cidade enxerga e organiza o fluxo de veículos. Além de mais econômico que os métodos tradicionais, o uso do drone permite fazer a contagem de carros em horários diferentes, analisar o comportamento nas rotatórias e pensar em mudanças nos sentidos das vias — tudo com base em dados concretos.
“Esse é um passo importante para termos uma cidade mais moderna, inteligente e com trânsito mais fluido”, afirmou a prefeita Carmen Zanotto. Segundo ela, o drone vai ajudar a responder às demandas da população com mais precisão e planejamento.
Tecnologia em ação, até em grandes eventos
A novidade já está sendo testada em momentos de grande movimento, como na Festa Nacional do Pinhão. Com o drone sobrevoando as áreas de maior fluxo, a equipe de mobilidade urbana consegue identificar congestionamentos, planejar rotas alternativas e avisar em tempo real os agentes de trânsito sobre onde a situação precisa de reforço.
Nos dias de shows nacionais gratuitos, por exemplo, o drone entra em ação próximo ao Estádio Vidal Ramos Júnior, o famoso “Tio Vida”, monitorando tudo do alto e ajudando a equipe em terra a agir com mais agilidade.
Para o secretário de Planejamento Urbano, Malek Rau Dabbous, a inovação marca uma nova fase nos estudos de mobilidade em Lages. “Com o drone, a gente ganha em agilidade, economia e precisão. Isso nos permite fazer um planejamento muito mais eficiente, com impacto direto na vida dos lageanos”, destaca.
E vem mais por aí: com os dados captados, a Seplam pretende analisar a necessidade de novas rotatórias, mudanças em semáforos e até alterações nos sentidos das ruas. Tudo para que, no fim das contas, o trânsito flua melhor — e a cidade siga em frente.