Novo Papa a caminho: o que o Conclave de 2025 revela sobre o futuro da Igreja Católica

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Processo que escolherá o novo Papa começa nesta quarta-feira (7) no Vaticano. 

06/05/2025 — 22h30

Foto: Arquivo / Vatican Media

Nesta quarta-feira (07), o Vaticano irá dar a largada a um momento decisivo com o início do conclave que vai eleger o novo líder da Igreja Católica. Após a morte do Papa Francisco no último dia 21 de abril, aos 88 anos, 133 cardeais com menos de 80 anos estão reunidos na Capela Sistina, em Roma, para escolher o 267º papa da história.

Com representantes de 71 países, este conclave reflete o caráter global da Igreja Católica nos dias de hoje. Para garantir o sigilo das votações, medidas rigorosas foram adotadas: bloqueadores de sinal, celulares recolhidos e completo isolamento dos cardeais enquanto durarem as deliberações.

A eleição exige que o escolhido receba ao menos dois terços dos votos — ou seja, no mínimo 89. A média de duração dos conclaves recentes é de pouco mais de três dias, mas tudo depende da rapidez com que se forma um consenso entre os eleitores.

Entre os nomes mais cotados estão:

  • Cardeal Pietro Parolin (Itália) – ex-secretário de Estado, figura diplomática e moderada.
  • Cardeal Luis Antonio Tagle (Filipinas) – próximo das ideias de Francisco, com perfil progressista.
  • Cardeal Matteo Zuppi (Itália) – articulador entre alas liberais e conservadoras.
  • Cardeal Robert Prevost (EUA) – valorizado pela atuação pastoral e gestão eficaz.
  • Cardeal José Tolentino Mendonça (Portugal) – intelectual e defensor do diálogo inter-religioso.

O Brasil marca presença com sete cardeais eleitores, entre eles Dom Odilo Scherer (SP), Dom Sérgio da Rocha (Salvador) e Dom Jaime Spengler (Porto Alegre), este último, é um dos catarinenses participantes do conclave. Além dele, há ainda outros dois, Dom João Braz de Aviz, de 77 anos, e Dom Leonardo Steiner, atualmente arcebispo de Manaus. 

A escolha do novo papa vai além de uma figura religiosa — ela sinaliza a direção que a Igreja pretende seguir nos próximos anos. Se o eleito for alguém próximo das reformas de Francisco, podemos esperar continuidade em pautas como meio ambiente, combate à pobreza, descentralização do poder e maior diálogo com minorias. Já uma escolha mais conservadora pode significar um retorno a posições doutrinárias mais rígidas e um freio nas mudanças recentes.

Em um mundo cada vez mais diverso, tecnológico e polarizado, o futuro papa terá a missão de manter a relevância da Igreja entre fiéis de diferentes culturas e gerações — conciliando tradição e renovação.

Fique de olho: o sinal de que o novo pontífice foi escolhido será dado pelo famoso “fumo branco” saindo da chaminé da Capela Sistina. Até lá, o mundo acompanha com atenção cada detalhe deste momento histórico.

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