Ex-jogador e técnico, Mario Jorge Lobo Zagallo era atacante da Seleção nas conquistas da Copa do Mundo de 1958 e 1962, técnico em 1970 e auxiliar na de 1994.
06/01/2024 — 01h10
 |
| Foto: Divulgação |
O mundo do esporte está de luto! Morreu nesta sexta-feira (5), aos 92 anos, Mario Jorge Lobo Zagallo, um dos grandes nomes da história do futebol mundial e a única pessoal a estar presente em quatro títulos de Copa do Mundo: sendo jogador nas conquistas de 1958 e 1962; técnico em 1970; e auxiliar em 1994.
Zagallo ainda esteve no comando nas Copas de 1974, quando a Seleção terminou em quatro lugar, e na de 1998 quando acabou vice-campeão. Na Copa do Mundo da Alemanha de 2006, ele atuou como coordenador da seleção comandada por Carlos Alberto Parreira.
Trajetória
Nascido em Maceió, no Alagoas, Mario Jorge Lobo Zagallo chegou ao Rio de Janeiro ainda no colo da mãe, com oito meses de idade. O pai, Aroldo Cardoso Zagallo, foi transferido das Alagoas para o Rio para ser representante comercial de uma fábrica de tecidos pertencente ao seu cunhado.
Criado no bairro da Tijuca, Zagallo começou a jogar ali suas primeiras peladas. Seja no terreno do Derby Club - que mais tarde se transformaria no Maracaña -, seja nos torneios de rua da Praça da Bandeira, nos quais o Ameriquinha, time onde atuava, se destacava. Com a camisa 10, jogando como meia-esquerda, o garoto não demorou muito para ser o destaque.
Praticava vôlei, natação e tênis de mesa no América, e acabou pulando para as categorias de base de futebol do clube.
Foi para o Flamengo, ainda como juvenil. Caiu nas graças do Feiticeiro treinador paraguaio Fleitas Solich e participou com destaque na campanha do tricampeonato carioca de 1953-54-55. O ataque, formado por Joel, Paulinho, Evaristo, Dida e Zagallo, entrou como um dos maiores da história do clube.
Em 1958, foi convocado para a Seleção na Copa da Suécia, sendo titular em toda a campanha do primeiro Mundial vencido pela Seleção Brasileira.
Depois da conquista pela seleção, Zagallo retornou ao Brasil e acabou sendo negociado para o Botafogo. Lá foi bicampeão carioca em 1961-62, fez parte de outro quinteto ofensivo marcante, com Garrincha, Didi, Quarentinha e Amarildo.
Em 1962, se tornou bicampeão mundial pela Seleção Brasileira. No Botafogo ficou até 1965, quando resolveu encerrar a carreira aos 34 anos.
A carreira como técnico teve início no próprio Botafogo. Começou nos juvenis, mas logo assumiu a equipe principal onde comandou a equipe na conquista do bicampeonato carioca de 1967-68 e a Taça Brasil em 1968.
Em 1970, foi o técnico da Seleção Brasileira na Copa do Mundo no México, e que garantiu mais uma taça para a seleção.
Após a conquista pela seleção, foi técnico de Fluminense, Flamengo, novamente do Botafogo, e depois alternou a função em clubes do exterior e clubes cariocas.
Já em 1991 aceitou o convite da CBF e se tornou coordenador da Seleção Brasileira que tinha como técnico Carlos Alberto Parreira, no início da campanha rumo ao Tetra Mundial.
Em 1998 foi o técnico da Seleção Brasileira na Copa do Mundo disputada na França e que terminou com o vice campeonato para a seleção canarinho após perder por 3 a 0 para os franceses.
Retornaria como coordenador da seleção para a Copa do Mundo de 2006, novamente tendo Parreira como técnico.
