Segunda
parte da série espanhola chegou na Netflix na última sexta-feira (6).
Por MUNDO
ESTRANHO,
São
Paulo/SP
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📷 Netflix / Divulgação |
1 –
Não, a série não é uma produção da Netflix
La Casa de Papel foi criada por Álex Pina para o
canal a cabo espanhol Antena 3, e estreou em maio de 2017. A Netflix adquiriu
os direitos de exibição e a produção entrou para o catálogo do serviço de
streaming em dezembro do ano passado, mas com uma pequena modificação: os
episódios foram reeditados.
Os 15 capítulos
originais, com mais de uma hora de duração cada, foram transformados em
episódios menores, com aproximadamente 50 minutos. A primeira parte da série,
que tinha 9 episódios, passou a ter 13 com o formato criado pela Netflix. A
nova leva, que estreou nesta sexta, adapta os seis restantes em outros 9.
2 –
A série fez mais sucesso fora da Espanha do que lá dentro
Graças ao
streaming, La Casa de
Papel atravessou as fronteiras espanholas e se tornou um
sucesso no resto do mundo. Por lá, a audiência foi boa (mais de 1,1 milhão de
pessoas acompanharam o final da trama) e a série chegou a ser indicada para
alguns prêmios. Mas o êxito em países como França, Argentina e, claro, Brasil
fez com que ela permanecesse por cinco semanas como a série mais maratonada no
ranking do aplicativo TV Time.
3-
“Bella Ciao” foi uma música símbolo da resistência italiana
Cantada a plenos pulmões
pelo grupo de ladrões, a canção possui um passado de luta. Ela foi composta no
século 19 por camponesas do norte da Itália, que a cantavam durante o trabalho
de colheita contra a opressão dos patrões.
A música voltou para a
boca do povo durante a Primeira Guerra Mundial com uma nova letra, em tom de
protesto ao conflito. Na Segunda Guerra, o partido comunista fez uma terceira
versão (sempre mantendo o refrão) contra o governo fascista do ditador Benito
Mussolini. E em 2015, quando o partido de esquerda venceu as eleições na
Grécia, adivinha qual música eles usaram depois da vitória?
4 –
O visual de Tóquio foi inspirada na personagem de Natalie Portman em O
Profissional
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📷 Tóquio (esq.) em La Casa de Papel e Natalie Portman como Mathilda em "O profissional". (Foto: Divulgação) |
Olhando para as duas, a referência fica clara. No longa de 1994, Portman, em seu primeiro papel no cinema, interpreta Mathilda, uma garota que se torna protegida de um assassino profissional e que deseja vingar a morte da família. A atriz Úrsula Corberó, que dá vida a Tóquio, fez, inclusive, uma brincadeira sobre isso em seu Instagram.
5 –
A Casa da Moeda da série é uma mistura de três edifícios
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📷 A verdadeira Cada da Moeda (à esq.) e a fachada do CSIC (à dir.). (Foto: Wikimedia Commons) |
Peça central na trama, o
local faz referência à Fábrica Nacional de Moneda y Timbre – Real Casa de la
Moneda, organização responsável pela emissão de dinheiro na Espanha. Só que o
espaço que aparece na série não é a sede do órgão, em Madri. Ao invés disso,
graças à magia da TV, três locações diferentes compõem o ambiente da série.
A fachada da Casa da
Moeda fictícia é a do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC),
localizado na capital espanhola. Já para o galpão onde o dinheiro é produzido,
foram utilizadas as prensas do jornal ABC,
também em Madri (as notas que aparecem na série, inclusive, eram impressas no
papel do periódico). Por fim, as outras partes foram gravadas em uma locação
nos arredores da cidade.
6 –
Você já reparou na quantidade de elementos vermelhos?
Não é só o macacão dos
personagens: desde a primeira cena da série, a cor aparece em diversos
momentos, como em outras peças de roupa, placas e objetos ( o telefone usado
pelos assaltantes, por exemplo). De acordo com o diretor de
fotografia do programa, Migue Amoedo, o vermelho traz força e
intensidade, algo que o criador, Álex Pina, queria passar para o espectador.
7 –
A doença de Berlim não existe
Na trama, Berlim (Pedro
Alonso) sofre de uma doença chamada miopatia de Helmer. Uma enfermidade com
esse nome não existe na vida real — mas, de acordo com o que foi mostrado até
aqui, o personagem parece ter miopatia mitocondrial, um distúrbio genético que
causa perda progressiva da força muscular. O nome vem da origem do problema: um
mau funcionamento das mitocôndrias, responsáveis por fornecer energia para as
células do corpo.
8 – Os nomes de alguns personagens foram
trocados da ideia original
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📷 Divulgação / Netflix |
Uma das coisas mais
legais da série são os nomes de cidade que cada um dos assaltantes recebeu,
parecido com o que ocorre em Cães
de Aluguel, primeiro filme de Quentin Tarantino, no qual cada
membro da gangue é chamado por uma cor diferente. Na primeira versão da
história, Oslo, Nairóbi e Moscou se chamariam Valência, Chernobil e Camarões.
Os nomes mudaram, mas não foram descartados: eles viraram os códigos para os
planos do grupo.