Santa Catarina reforça importância da vacinação para manter a poliomielite longe do estado

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A proteção coletiva ideal é de pelo menos 95% das crianças menores de cinco anos estejam vacinadas, porém, diversos municípios do Estado permanecem abaixo deste índice. 

14/08/2025 — 23:15

Foto: Sid Macedo / Ascom SES

Mesmo erradicada do Brasil desde 1994, a poliomielite ainda é considerada uma ameaça à saúde pública, especialmente diante da queda nas coberturas vacinais registrada nos últimos anos. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta que manter altas taxas de imunização, sobretudo entre crianças, é a principal medida para impedir o retorno da doença.

A poliomielite — ou paralisia infantil — é provocada por um vírus capaz de causar paralisia irreversível e, em casos graves, levar ao óbito. A transmissão ocorre principalmente por via fecal-oral, por meio do contato com fezes ou secreções orais de pessoas infectadas.

De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), a proteção coletiva só é garantida quando pelo menos 95% das crianças menores de cinco anos estão vacinadas. Entretanto, diversos municípios catarinenses permanecem abaixo desse índice, o que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), coloca o Brasil entre os países com risco de reintrodução do vírus.

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A gerente de Doenças Infecciosas Agudas e Imunização da DIVE, Arieli Schiessl Fialho, destaca que a ausência de casos há mais de três décadas acabou criando uma percepção equivocada de que a doença não representa perigo. “É fundamental recuperar a cobertura vacinal para evitar que a pólio e outras doenças preveníveis voltem a circular. A vacinação continua sendo a única forma eficaz de prevenção”, afirma.

O esquema atual contra a poliomielite, definido pelo Ministério da Saúde, utiliza exclusivamente a vacina injetável (VIP). Ele é indicado para crianças menores de cinco anos, aplicado da seguinte forma:

  • 1ª dose: aos 2 meses
  • 2ª dose: aos 4 meses
  • 3ª dose: aos 6 meses
  • Reforço: aos 15 meses

Pais e responsáveis devem levar as crianças aos postos de saúde, mesmo em caso de doses atrasadas, para garantir a atualização da caderneta e a proteção adequada.

Cobertura vacinal em SC

Santa Catarina alcançou pela última vez a meta de 95% de cobertura vacinal contra a poliomielite em 2017. Desde então, os índices vêm caindo: 86,33% em 2022, 91,81% em 2023 e 92,37% em 2024. Em 2025, até o mês de maio, a cobertura acumulada é de 87,99%, ainda distante do patamar ideal.

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