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Fotos: Marlon Sá Molim / MSM Imagens Aéreas e Maurício Santos / Lages Diário |
Já no Recanto do Pinhão Aracy Paim, a verdadeira alma da festa se fez presente. Os palcos foram ocupados por nomes de peso da música gaúcha, como Os Fagundes, Os Filhos do Rio Grande, Cristiano Quevedo, Elton Saldanha, César Oliveira & Rogério Melo, entre outros, e os talentos locais como Ricardo Bergha e o Quarteto Coração de Potro. As Sapecadas da Canção Nativa e da Serra Catarinense encontraram, talvez, seu lugar definitivo na Praça João Costa — mais próxima das pessoas, mais integrada à cidade, e que consagraram as composições "Poncho Miliquero" e "Coxilha Pobre", respectivamente como grandes campeãs.
Outro destaque foi a transformação de parte da Rua Nereu Ramos em uma via gastronômica coberta, com boxes de entidades beneficentes tradicionais oferecendo pratos típicos e bebidas quentes. O sucesso da iniciativa, inclusive, pode abrir espaço para discussão de uma ampliação no futuro, com a possível inclusão de boxes de comerciantes locais e projetos como o “Sabores de Lages”, por exemplo.
É claro que toda mudança traz acertos e desafios. Ainda é cedo para carimbar a edição como um sucesso absoluto ou um fracasso. O olhar técnico e desapaixonado é o que deve prevalecer. Nem os elogios exacerbados de apoiadores da gestão atual, nem as críticas destrutivas de opositores contribuem de forma significativa ao debate. O que se precisa é de maturidade institucional para avaliar o que funcionou e o que precisa ser aprimorado.
A Festa do Pinhão é patrimônio cultural de Lages e deve continuar sendo construída com o lageano como protagonista. Em 2025, isso foi possível. A acessibilidade, a diversidade cultural, os preços justos e a segurança eficiente demonstraram que uma festa popular pode, sim, manter a qualidade e a tradição.
A reunião da Comissão Central Organizadora (CCO) será determinante para moldar os próximos passos. Voltar ao Parque Conta Dinheiro ou manter o novo formato? A decisão não deve partir de um saudosismo ou de uma oposição à inovação, mas sim da análise criteriosa de dados de setores importantes como o comércio, serviços, hotelaria e restaurantes, por exemplo, além das experiências e, principalmente, do desejo coletivo de quem vive a cidade e a festa.
O mais importante, neste momento, é reconhecer: Lages soube se reinventar, e a Festa do Pinhão, em 2025, voltou a pulsar no compasso da cidade e de sua gente.
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