CPI da Semasa: relatório final será apresentado nesta terça-feira (27)

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Após quase quatro meses, comissão investigou supostas irregularidades envolvendo contratos de terceirizados na Secretaria Municipal de Águas e Saneamento de Lages (Semasa). 

25/06/2023 — 23h15 

Foto: Bruno Heiderscheidt / Câmara Lages

Após quase quatro meses de trabalhos com diligências, oitivas e um vasto material juntado, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura supostas irregularidades envolvendo contratos de empresas terceirizadas com a Secretaria Municipal de Águas e Saneamento (Semasa) terá na noite da próxima terça-feira (27), a apresentação do relatório final, que deverá ser lido pelo vereador Jair Junior (Podemos), relator da comissão. 


Ao longo da CPI, foram ouvidas diversas pessoas entre funcionários, ex-funcionários da Semasa, empresários e diretores de empresas contratadas por tal secretaria, assim como agentes políticos, entre eles, três ex-prefeitos de Lages, Elizeu Mattos (MDB), Toni Duarte (PDT) e Raimundo Colombo (PSD). 

Mas antes da apresentação do relatório final, pela manhã da terça-feira, os vereadores membros da CPI se reunirão, de forma restrita, para análise do relatório, apontamentos, argumentações e definição de mudanças no teor do documento, caso seja necessário, e esta etapa se dará com todos os componentes, o presidente da comissão, Heron de Souza (PSD), o relator, Jair Junior (Podemos) e os demais integrantes, Katsumi Yamagushi (Progressistas), Ênio do Vime (PSD) e Suzana Duarte (Cidadania), que de comum acordo, seja finalizado para os procedimentos seguintes. 

A leitura do relatório será feito após o expediente regimental da Câmara dos Vereadores, no plenário Nereu Ramos, e será aberto ao público. 

Relatório pode contribuir com Operação Mensageiro

Para o relator da CPI, Jair Junior, o teor do relatório tende a contribuir com as investigações do Ministério Público, por conta da 'Operação Mensageiro'. "Diante da investigação em curso, considerando o seu sigilo, não tivemos acesso a algumas informações referentes ao processo. Com o trabalho da CPI, queremos apontar aspectos suspeitos em determinados contratos, que de repente não são alvos dos investigadores, mas podem ser de grande relevância na apuração de novos fatos", destaca o vereador. 

A operação que o vereador se refere é o que apura suspeitas de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro envolvendo contratos de coleta de resíduos sólidos, saneamento e iluminação pública envolvendo uma empresa com sede em Joinville e agentes públicos de diversas cidades de Santa Catarina. 

Tal operação prendeu diversos agentes públicos no Estado, inclusive de Lages, como os ex-secretários municipais, Antonio Cesar Arruda (Administração e Finanças), Eroni Delfes Rodrigues (Meio Ambiente e Serviços Públicos) e Jurandir Agustini (Semasa), além do próprio prefeito de Lages, Antonio Ceron (PSD). Todos alegam inocência. 

Com as prisões de tais agentes públicos é que o pedido de abertura de uma CPI foi protocolada na Câmara de Vereadores de Lages a fim de investigar supostas irregularidades envolvendo a Semasa, já que as primeiras prisões na Operação Mensageiro se deu contra agentes públicos ligados à Semasa. 

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