Este é o tema do mês na coluna de Nay Fava aqui no ld+.
12/08/2022 — 19h00
O sagrado feminino tem
sido muito difundido e mencionado nos últimos tempos. Se trata de um movimento
de despertar, reconexão com sua essência, empoderamento. Permitir que a mulher,
desperte sua energia feminina e ancore com sua egrégora ancestral, fortalecendo
os laços entre as mulheres em um círculo, intensificando a união e unicidade. Essa filosofia, resgata o reconhecimento do
papel da mulher na sociedade, através da busca pela sua essência divina
criadora.
Observa-se como a mulher
é cíclica, em suas várias fases, como menina em sua menarca (primeira
menstruação), o seu despertar perante a sexualidade, reconhecimento do amor
humano, o período divino da gravidez, a menopausa e o período da idade sábia.
Em cada ciclo, evolui uma nova versão de uma mulher com vários estágios, que
irão progredindo através de suas experiências latentes subjetivas, e quando se
amplia o contato com outras mulheres que possui as mesmas ou diferentes experiências,
inicia o fortalecimento de uma atmosfera de ligação, adentrando em universo de
amor próprio, empatia e respeito.
Ao longo de muitos séculos, a mulher foi vitimada,
submetida a limitações, e percorrendo situações que vivenciou no que tange a violência
tanto no nível físico, emocional e mental, por uma sociedade patriarcal, padrão
sustentado de uma autoridade imposta. Apesar de todos os movimentos existentes
atualmente com a união das mulheres para estudo do sagrado feminino e do
movimento feminista, ainda vivemos em uma
Sociedade moralista, refletindo sobre o machismo
dominante em nossa sociedade
Pinkola (1999), defende com intensidade o
empoderamento da mulher, chamado de “A força da mulher”, muito presente no
“Sagrado Feminino” e cita que por séculos, as mulheres foram tratadas como
imaturas e como propriedade de alguém. Elas não podiam expressar através da
arte ou até mesmo por opiniões. Para adquirirem seus direitos, foi preciso
muita insistência nessa conquista, mas diversas mulheres ainda não conseguem se
desfazer dessas doutrinas.
O estudo do sagrado feminino e as suas práticas,
vem respondendo a esse tipo de modelo de sociedade, sobre a ótica do
empoderamento e saberes femininos. Muitas mulheres vivem nesse padrão imposto,
pois a falta do contato com seu poder pessoal, distancia de suas ideologias e
essência feminina. O empoderamento da mulher dentro dos movimentos feministas juntamente
com o as práticas do sagrado feminino, é a fusão sublime pois o primeiro indaga
as mudanças internas e de autoconhecimento, e o segundo busca empoderar a
mulher de seus direitos e missão na sociedade. É imprescindível a construção e
fortalecimento do círculo de mulheres do sagrado feminino para mudar essa situação
ainda imposta na sociedade, com bases pautadas na união, autoestima, amor
próprio, empatia e compreensão, recriando a sensibilidade de que todas as
mulheres possuem características semelhantes que podem revigorar a luta, causa
social, e desenvolvimento social, valorizando a diversidade de gênero.
Os círculos servem como uma maneira de auxilio, com
diversas ferramentas que são inseridas em um encontro deste movimento, com
aproximações menos hierárquicas e emocionais, reconectando a todas as mulheres
presente. Utiliza-se elementos ressignificados e que transformam a concepção
das mulheres presentes em um determinado clã de círculo, trabalhando as crenças
limitantes, ampliando os horizontes sobre tais percepções acerca da
espiritualidade, ancestralidade, autocuidado, afetividade e emancipação dos
direitos na sociedade patriarcal.
Os encontros de círculo de mulheres de sagrado
feminino, são desenvolvidos através de estudos pautados com temáticas diferentes
que propõe a evolução subjetiva, relembrando os princípios que regem essa união,
incentivando a aceitar-se como é, reconhecendo a luz e sombra existente em si e
em cada ser. Cada encontro, tem uma guardiã que facilita os círculos e
conduz a egrégora, sendo utilizado ferramentas intuitivas como terapias,
defumações, yoga, contato com a natureza, dinâmicas que explorem o autocuidado
e autoconhecimento, adornos que caracterizam como a mulher é cíclica através de
vestimentas, ações, danças, meditações, cantos, meditações, trabalhos manuais,
adornos e símbolos que representam arquetípicos e histórias das mulheres
presentes.
Os círculos de mulheres,
são moldados de acordo com o que cada círculo estabelece, obtendo várias opções
na contemporaneidade para participar do qual possua mais afinidade.
Imprescindível buscar saber a seriedade, intenção, missão, causas e princípios
sobre os encontros dos quais se dispor a participar, pois é fundamental para
que se estabeleça a conexão real, altruísta, acolhedora e com respeito pela as
diferenças dos presentes. O círculo de mulheres sagrado feminino Shakti Sagrado
Feminino, conduzido pela a facilitadora Naira Fava, localizado em Lages-SC,
atribui as missões e percepções através de estudos elencado com vivencias,
baseadas na sororidade, feminismo, autoconhecimento, reconexão, acolhimento e
união, propósitos intuídos com amor e dedicação sendo uma ótima opção para
iniciar a jornada neste movimento. Ainda em Lages, existem outros círculos
conduzido por outras facilitadoras, que podem auxiliar na busca do
autoconhecimento, bastando se identificar com o direcionamento e premissas do
mesmo. Sentindo o chamado para essa jornada, entre em contato com algum grupo
que propicie essa vivencia indescritível.
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