“O
moço que contava histórias” estreia às 20h no teatro do Centro Cultural Vidal
Ramos.
Por CATARINAS
COMUNICAÇÃO,
Lages/SC
📷 Catarinas Comunicação / Divulgação |
Está é a primeira vez que a Matakiterani Associação Cultural apresenta um
monólogo ao público. Numa produção lageana, “O moço que contava histórias”
é um espetáculo criado a partir da livre adaptação de três fábulas
contemporâneas do escritor e ativista político Luis Sepúlveda. A estreia está
marcada para esta sexta-feira (16), às 20h, no teatro do Centro Cultural Vidal
Ramos com entrada franca e indicação etária a partir dos 12 anos.
No palco, Marcos Cordioli
apresenta três contos baseados na obra do chileno num monólogo que passa longe
do lugar-comum. Assim como é o olhar de Sepúlveda sobre as relações sociais e
as zonas de conforto. Ele adianta que o público terá uma experiência de
reflexão. “Os contos são daqueles que soam como indiretas, fazem a carapuça
servir e fingimos não retratarem a gente, mas que, ao nos tocar, imediatamente
nos amarelam o sorriso e nos encolhem os ombros”.
Com experiência de duas
décadas como ator, Gilson Maximo reforça que dirigir esse monólogo está sendo
um desafio por se tratar de um espetáculo completamente original. “Tudo é novo,
mas o que chama a atenção nesse trabalho é o fato de não termos troca de
figurino, cenário e nem sonoplastia. O ator constrói as cenas e personagens
apenas com ações físicas. Com isso, ele interage e encontra com a plateia”.
O estudo e adaptação da
obra de Sepúlveda foi feita por Adilson Freitas. Foi dele a responsabilidade de
trazer para o teatro os aspectos literários das fábulas do chileno. “O mais
importante nesse processo é que conseguimos manter a essência daquilo que ele
escreveu, porém numa outra linguagem, que é a do teatro”.
O espetáculo tem duração
de aproximadamente 50 minutos. A ideia é que ele circule em teatros e outros
espaços que possam receber a apresentação, inicialmente, em Lages e região.
Sobre o espetáculo
Um moço, num espaço vazio
e completamente escuro, aguarda a chegada de pessoas para vê-lo. Tendo os
espectadores dispostos em sua volta, dá início aos trabalhos e começa a dividir
as únicas coisas que possui: histórias e uma cantiga deixada por sua mãe. São
verdadeiras fábulas. Mas diferente daquelas tradicionais, suas histórias
retratam o antagonismo e as relações humanas presentes na sociedade moderna. Ao
compartilhar aquilo que sabe, vai constituindo sua identidade, compreendendo
seu lugar no mundo e, finalmente, transcendendo seu entendimento do ambiente
que o rodeia.
Quem é Luis Sepúlveda
Nascido no Chile, em
1949, foi membro da guarda pessoal de Salvador Allende e teve que abandonar o
país depois do golpe militar de Pinochet, em 1973. Ele é romancista, diretor,
roteirista e jornalista. Atualmente, vive na Espanha.
Ficha técnica
O Moço que Contava Histórias
Inspirado em três fábulas
contemporâneas de Luis Sepúlveda
Adaptação literária: Adilson Freitas
Atuação e texto: Marcos Cordioli
Direção: Gilson Maximo
Produção: Matakiterani Associação Cultural