Dia Mundial da Bicicleta reforça importância da mobilidade ativa e os desafios da infraestrutura urbana

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Data é anualmente celebrada no dia 3 de junho. 

02/06/2025 — 23:15

Foto: Pixabay

No dia 3 de junho é celebrado o Dia Mundial da Bicicleta, uma data reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2018 para promover a bicicleta como meio de transporte acessível, saudável e sustentável. A data chama atenção não apenas para os benefícios desse meio de locomoção, mas também para os desafios enfrentados por quem pedala no Brasil e no mundo.

Andar de bicicleta vai muito além de uma prática esportiva ou de lazer. Trata-se de um modo de transporte eficiente, que contribui significativamente para a saúde física e mental, além de ajudar na redução da emissão de gases poluentes. Estudos apontam que pedalar regularmente diminui o risco de doenças cardiovasculares, melhora a qualidade do sono, combate o sedentarismo e reduz o estresse.

No entanto, apesar de seus inúmeros benefícios, a bicicleta ainda encontra barreiras na rotina urbana. Um dos principais entraves é a falta de infraestrutura adequada, como ciclovias e ciclofaixas seguras e interligadas. Em muitas cidades, a bicicleta ainda é vista como um transporte secundário, o que dificulta avanços significativos em políticas públicas para mobilidade ativa.

Gestores públicos enfrentam o desafio de equilibrar investimentos, lidar com limitações orçamentárias e superar resistências culturais e políticas para implementar um planejamento urbano mais inclusivo. A criação de ciclovias demanda planejamento técnico, diálogo com a comunidade e integração com outros modais de transporte. Sem essas condições, o que se vê é uma infraestrutura fragmentada e, muitas vezes, subutilizada.

A celebração do Dia Mundial da Bicicleta é uma oportunidade para refletir sobre o papel das cidades na promoção de estilos de vida mais sustentáveis. Incentivar o uso da bicicleta é também investir em saúde pública, mobilidade inteligente e qualidade de vida. A transformação, porém, depende de decisões corajosas e de uma visão urbana voltada para o futuro — onde pedalar seja uma escolha viável, segura e valorizada.


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