Devido à pandemia, torneios nacionais
não voltaram em todo o continente.
Por ANDREW DOWNIE da REUTERS,
Rio de Janeiro/RJ
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Foto: Ricardo Moraes / Reuters
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A principal competição de
clubes do futebol sul-americano recomeça esta semana após paralisação de seis
meses causada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19), mas a retomada
causou reclamações e consternação em uma região onde o esporte ainda não está
em pleno vapor.
Um total de 32 times de
dez países disputa partidas da Copa Libertadores amanhã (15), quarta (16)
e quinta-feira (17), embora o futebol ainda não tenha reiniciado em três deles,
incluindo a Argentina.
"As equipes
argentinas foram convocadas a competir em desvantagem e não estão preparadas
para isso", disse Nicolás Russo, presidente do Lanús e diretor da
Associação Argentina de Futebol (AFA).
A Confederação
Sul-Americana de Futebol (Conmebol) está comemorando o retorno da Libertadores
e da Copa Sul-Americana, a partir de 27 de outubro.
Mas com diferentes nações
reiniciando seus torneios domésticos em momentos diferentes - o Brasil retomou
em junho; a Colômbia no fim de semana; a Argentina não começará até pelo menos
outubro - alguns times estão reclamando.
O técnico do Racing,
Sebastián Beccacece, afirmou que o adversário da quinta-feira, o Nacional do
Uruguai, terá jogado quase uma dúzia de vezes desde o recomeço, enquanto o
clube da casa ainda não jogou.
"Essa é uma vantagem
real e avassaladora", disse Beccacece. "Precisamos confiar que
seremos fortes e poderemos apelar para nossa capacidade mental e emocional para
tentar compensar essa diferença inicial, porque também estaremos sem a energia
de nossos torcedores, que são tão vitais para nós. Mas temos para estar prontos
para o desafio."
Todos os jogos serão
disputados com portões fechados, mas com taxas de infecção ainda altas
- mais da metade de todos os casos de covid-19 está nas Américas, segundo
a Organização Mundial da Saúde - há um medo de que os jogadores espalhem o
vírus ao se deslocarem de avião pelo enorme continente.
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