Santa Catarina tem redução nos índices de criminalidade no primeiro semestre de 2020
O uso da tecnologia é um
dos fatores que garantiram o resultado, já que permite maior agilidade e
eficiência no registro e atendimento de ocorrências.
Por FRANCIELI
DALPIAZ da SECOM,
Florianópolis/SC
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📷 Julio Cavalheiro / SECOM |
Menos furtos e roubos,
menos feminicídios e menos latrocínios. Os índices de criminalidade diminuíram
em Santa Catarina entre os meses de janeiro e junho de 2020. Estes e
outros indicadores foram apresentados ao governador Carlos Moisés nesta segunda-feira,
22, pelos integrantes do Colegiado de Segurança Pública, em reunião na Casa
d’Agronômica. O uso da tecnologia é um dos fatores que garantiram o resultado,
já que permite maior agilidade e eficiência no registro e atendimento de
ocorrências.
“Santa Catarina é um
Estado respeitado pelo trabalho que desenvolve na área da Segurança Pública.
Queremos reconhecer o trabalho de homens e mulheres que se dedicam a esta
missão, com coragem, inteligência e integração”, frisou Carlos Moisés.
O governador também
afirmou que o uso da tecnologia é um caminho sem volta nas ações do setor. “É o
significado de fazer mais com menos. A tecnologia traz mais eficiência tanto
para quem precisa quanto para quem presta o serviço. Temos como desafio avançar
cada vez mais nesta temática”, disse.
Redução da violência e
criminalidade
Segundo as informações do
Colegiado Superior de Segurança Pública de Santa Catarina, entre 1 de janeiro e
22 de junho de 2020, o número de latrocínios (roubo seguido de morte) teve uma
redução de 75,3 % no comparativo com o mesmo período de 2018 - é o melhor
índice da série histórica desde 2008.
Os furtos e roubos a
instituições financeiras também tiveram uma redução de 47,9% em relação ao
mesmo período do ano passado.
Neste ano, até o dia 22/06, não houve registro
de utilização de explosivo e, na grande maioria dos casos, não houve consumação
do furto ou roubo - ou seja, os criminosos não conseguiram êxito na ação.
Os roubos e furtos a
residências, comércios, transeuntes e transportes de carga também diminuíram no
Estado. No crime de roubo, a taxa de ocorrências para cada 100 mil habitantes
chegou a atingir 134,9 em 2016 e hoje está em 68,7, sendo 2020 o melhor ano da
série histórica.
Na análise do período (1
de janeiro a 22 de junho), também foi registrada queda de 23,3 % nos casos de
feminicídio. A comparação é com o mesmo período de 2019.
Tecnologia e
resolutividade
O uso da tecnologia
compõe outro dado importante nos indicadores da Segurança Pública. Em janeiro
de 2020, o percentual de registros de boletins de ocorrência via delegacia
virtual representava apenas 22,8%, número que subiu para 54,1% em junho, sendo
agora o maior canal de registro de ocorrência do Estado. Isso representa
serviços mais acessíveis à população e economia de recursos ao Estado.
Nas próximas semanas
também ocorrerá a ampliação dos serviços digitais, mediante a integração do
sistema do IGP aos sistemas policiais, que são:
SISP Horus - sistema de leitura de placas
para resposta policial visando à recuperação de veículos furtados e roubados.
SISP Conecta - sistema moderno de consultas para
agilizar pesquisas policiais complexas
O presidente do Colegiado
de Segurança Pública, delegado-geral Paulo Koerich, destaca o trabalho da
Segurança Pública na resolutividade dos casos. Atualmente, a média catarinense
está em 75% dos casos.
“Queremos bater essa
marca. No ano passado nós já superamos o percentual de 70%. Se pegarmos como
referência o número de homicídios, por exemplo, nós temos hoje em Santa
Catarina mais de 196 municípios sem nenhum caso sequer. Isso demonstra a
qualidade da Segurança Pública catarinense, e, por outro lado, aumenta a nossa
responsabilidade. Este ano nós já temos 54% de resolução dos casos de
homicídio, o que nos permite projetar um percentual maior que o registrado no ano
passado”, finalizou Koerich.
Também participaram da
reunião os demais integrantes do Colegiado Superior de Segurança Pública de
Santa Catarina: comandante-geral da Polícia Militar, Dionei Tonet;
comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, Charles Alexandre Vieira; e o
perito-geral do IGP, Giovani Adriano.
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