Justiça do Trabalho recebeu 7,7 mil ações, desde o início da pandemia
Levantamento é do
Tribunal Superior do Trabalho.
Por ANDRÉ RICHTER
da AGÊNCIA BRASIL,
Brasília/DF
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📷 Marcello Casal Jr. / Agência Brasil |
A Justiça do Trabalho
recebeu mais de 7,7 mil ações trabalhistas desde o início da pandemia do novo
coronavírus no país. De acordo com levantamento feito pelo Tribunal Superior do
Trabalho (TST), os números referem-se ao período entre janeiro e maio e incluem
todas as varas e tribunais do trabalho do Brasil.
As principais demandas
que foram ajuizadas pelos trabalhadores na primeira instância, porta de entrada
da Justiça trabalhista, tratam da cobrança de verbas rescisórias que não foram
pagas pelo empregador. Somente essa questão equivale a 22,9% (1,5 mil) do total
de processos. Desde o início das medidas de isolamento social, muitas
empresas não conseguiram manter o quadro de funcionários e fizeram
demissões.
Em segundo lugar,
aparecem as ações para liberação do saque do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS), que representaram 12,58% das ações.
Os empregados dos setores
da indústria, serviços, turismo, alimentação e comunicações foram responsáveis
pela maioria das ações.
Pela distribuição de
casos, a procura pela Justiça do Trabalho foi registrada em menor número no fim
de janeiro e em fevereiro, mas aumentou a partir de março, quando entraram em
vigor as medidas restritivas de fechamento do comércio e da indústria em
diversos municípios.
Os estados que mais
registraram novas ações foram Santa Catarina (1.486), Pernambuco (1.025), Rio
Grande do Sul (824), Ceará (465) e Minas Gerais (448).
De acordo com o TST,
mesmo com restrições ao atendimento presencial, a Justiça do Trabalho está
realizando julgamentos por meio de videoconferência, com a participação dos
advogados.
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