Weintraub: “tentam deturpar minha fala para desestabilizar a nação”
Declaração veio depois de
repercussão de fala sobre ministros do STF.
Por KARINE MELO da
AGÊNCIA BRASIL,
Brasília/DF
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📷 Marcelo Camargo / Agência Brasil |
O ministro da Educação,
Abraham Weintraub, usou o Twitter neste domingo (24) para justificar um dos
trechos polêmicos do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril com o
presidente Jair Bolsonaro. No vídeo, Weintraub chama ministros do STF de “vagabundos”
e pede “cadeia” para eles. “Tentam deturpar minha fala para desestabilizar a
nação. Não ataquei leis, instituições ou a honra de seus ocupantes”, afirmou o
ministro, no Twitter.
Tentam deturpar minha fala para desestabilizar a Nação. Não ataquei leis, instituições ou a honra de seus ocupantes. Manifestei minha indignação, LIBERDADE democrática, em ambiente fechado, sobre indivíduos. Alguns, não todos, são responsáveis pelo nosso sofrimento, nós cidadãos.— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) May 24, 2020
Na última sexta-feira
(22), o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, liberou a
divulgação de vídeo. A reunião e mensagens enviadas por celular foram citadas pelo
ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, como prova da
tentativa de interferência do presidente Bolsonaro na Polícia Federal.
Ao quebrar o sigilo do
vídeo da reunião, Celso de Mello disse que há aparente "prática
criminosa" na conduta de Weintraub, "num discurso contumelioso
(insultante) e aparentemente ofensivo ao patrimônio moral" em relação aos
ministros da Corte. Celso de Mello concluiu que a declaração do ministro da
Educação põe em evidência "seu destacado grau de incivilidade e de
inaceitável grosseria" e configuraria possível delito contra a honra (como
o crime de injúria).
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