Operação Placebo aprofunda investigações sobre corrupção na saúde
São cumpridos 12 mandados
de busca e apreensão em SP e no Rio.
Por CRISTINA ÍNDIO DO BRASIL da AGÊNCIA BRASIL,
Rio de Janeiro/RJ
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📷 Rogério Santana / Governo do Rio de Janeiro |
A Operação Placebo,
deflagrada hoje (26) pela Polícia Federal (PF), no Rio de Janeiro, vai
aprofundar as investigações para apurar a existência de um esquema de corrupção
envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de
campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do estado. De
acordo com a PF, os elementos de prova obtidos durante as apurações foram
compartilhados com a Procuradoria-Geral da República (PGR), dentro da
investigação que ocorre no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os trabalhos
começaram com a Polícia Civil, o Ministério Público Estadual e o Ministério
Público Federal (MPF).
No início da manhã,
policiais federais chegaram ao Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio,
Wilson Witzel, na zona sul da cidade. Segundo a PF, a Operação Placebo apura
“indícios de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado
de emergência de saúde pública de importância internacional, decorrente do novo
coronavírus no estado".
Em nota, o governador
afirmou que não há nenhuma participação ou autoria dele em qualquer tipo de
irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo MPF.
“Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o
desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure
rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o estado do
Rio de Janeiro.”
Na nota, Witzel disse
ainda estranhar declarações de parlamentares da base aliada ao governo sobre
operações da PF. “Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato
absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes
sociais, nos últimos dias, uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o
que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma
narrativa que jamais se confirmará”, afirmou.
Questionado mais cedo
sobre a operação, o presidente Jair Bolsonaro disse que tomou conhecimento dos
fatos pela imprensa. "Fiquei sabendo agora pela mídia. Parabéns à Polícia
Federal", disse o presidente ao deixar o Palácio da Alvorada.
Em nota, a Federação
Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) destacas que as buscas nos palácios
das Laranjeiras e da Guanabara tiveram autorização do STJ. "A Fenapef
apoia todo e qualquer esforço para apurar e combater a corrupção. Mesmo em
tempos de pandemia, os policiais federais seguem fazendo seu trabalho de
investigação. A lisura das investigações e o sigilo das operações devem
ser preservados em qualquer circunstância."
Mandados de busca e
apreensão
Ao todo, a Operação
Placebo, inclui 12 mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Rio de
Janeiro. Os mandados foram expedidos pelo STJ. Além dos policiais federais que
foram ao Palácio Laranjeiras, equipes da PF se dirigiram ao prédio onde mora o
ex-secretário de Saúde Edmar Santos, em Botafogo, na zona sul.
Foram também ao edifício,
no Leblon, do ex-subsecretário executivo da Secretaria de Estado de Saúde
Gabriel Neves, que foi afastado do cargo e depois exonerado quando começaram as
denúncias de aplicação indevida dos recursos na construção e aquisição de equipamentos
dos hospitais de campanha. O subsecretário foi preso no dia 7, em operação do
Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC) do Ministério
Público do Rio, suspeito de obter vantagem na compra de respiradores para os
hospitais de campanha. Edmar Santos foi exonerado no dia 8, mas em seguida foi
nomeado pelo governador para o novo cargo de secretário extraordinário de
Acompanhamento de Ações Governamentais Integradas da Covid-19.
O governo do estado
chegou a empenhar R$ 1 bilhão, montante que seria aplicado em contratos
emergenciais sem licitação para o combate à covid-19, a maior parte para os
hospitais de campanha. Sete unidades estão sendo construídas pelo Instituto de
Atenção Básica e Atenção à Saúde (Iabas), organização social também investigada
nas denúncias. Apesar de parte dos recursos já ter sido liberada pelo governo
estadual, as unidades ainda estão atrasadas. O prazo de entrega era 30 de
abril, mas o cronograma já foi atualizado diversas vezes. Estão funcionando
atualmente as unidades do Leblon e do Parque dos Atletas, construídas e geridas
pela Rede D’Or, e a do Maracanã, também coordenada pelo Iabas.
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