Novo protocolo para cloroquina sai nesta quarta, diz Bolsonaro
Medicamento deverá ser
usado no início do tratamento da Covid-19.
Por PEDRO RAFAEL
VILELA da AGÊNCIA BRASIL,
Brasília/DF
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📷 Adriano Machado / Reuters |
O presidente Jair
Bolsonaro afirmou que o Ministério da Saúde vai publicar, nesta quarta-feira
(20), um novo protocolo para o uso da hidroxicloroquina e da cloroquina em
pacientes diagnosticados com o novo coronavírus. A declaração foi dada por
Bolsonaro durante uma entrevista concedida ao jornalista Magno Martins, de
Pernambuco, nas redes sociais.
"Amanhã cedo, o
ministro da Saúde vai assinar o novo protocolo da cloroquina. O último
protocolo era de 31 de março, permitia a cloroquina apenas em casos graves. E
agora não, esse novo protocolo é a partir dos primeiros sintomas. Quem não
quiser tomar não toma", afirmou.
No final de março, o
Ministério da Saúde incluiu em seus protocolos a sugestão de uso da cloroquina
em pacientes hospitalizados com gravidade média e alta, mas mantendo a norma
corrente na medicina de que cabe ao médico a decisão sobre prescrever ou não a
substância ao paciente. A pasta também distribuiu ao menos 3,4 milhões de doses
do medicamento para os sistemas de saúde dos estados.
O Conselho Federal de
Medicina (CFM) não recomenda o uso da droga, mas autorizou a prescrição em
situações específicas, inclusive em casos leves, a critério do médico e em
decisão compartilhada com o paciente.
Novo ministro
Sobre a indicação de um
novo ministro da Saúde, Bolsonaro disse que não tem pressa e fez elogios ao interino na pasta, o general Eduardo Pazuello.
Segundo o presidente, Pazuello seguirá no comando da pasta.
"Por enquanto, deixa
lá o general Pazuello, está indo muito bem, uma pessoa inteligente. É um gestor
de primeira linha, graças a ele tivemos a Olimpíada do Rio de Janeiro. Ele foi
o coordenador da Operação Acolhida, do pessoal que vem da Venezuela",
destacou.
General do Exército,
Pazuello foi nomeado para o segundo cargo mais alto da hierarquia ministerial
no último dia 22, após Nelson Teich assumir o ministério no lugar de Luiz Henrique Mandetta e deixar o cargo em pouco menos de um mês.
Especialista em
Logística, o militar foi coordenador logístico das tropas do Exército durante
os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, além de ter coordenado a Operação Acolhida,
que presta assistência aos imigrantes venezuelanos que chegam a Roraima fugindo
da crise política e econômica no país vizinho.
Volta do futebol
Durante a entrevista, o
presidente também comentou que recebeu mais cedo, no Palácio do Planalto, os
dirigentes do Flamengo e do Vasco da Gama, clubes que defendem a volta do
futebol no país, paralisado em função da pandemia do novo coronavírus. Estiveram
com Bolsonaro os presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim, e do Vasco, Alexandre
Campello, entre outros integrantes dos clubes.
"Eu conversei com a
cúpula do Flamengo, hoje, e tinha também o presidente do Vasco da Gama. Eles
querem voltar a jogar futebol. Então, conversamos com o Ministério da Saúde,
para ter um protocolo para abrir, ter um certo regramento, começa sem ninguém
na arquibancada", afirmou o presidente.
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