Empenho para achatar a curva foi praticamente inútil, diz Bolsonaro
Presidente falou sobre
casos da covid-19 em live no Facebook.
Por PEDRO RAFAEL
VILELA da AGÊNCIA BRASIL,
Brasília/DF
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📷 Palácio do Planalto / Divulgação |
Na véspera do Dia do
Trabalhador, celebrado nesta sexta-feira (1º), o presidente Jair Bolsonaro lamentou
que "grande parte da população" esteja proibida de trabalhar, por
causa do isolamento social e do fechamento do comércio em função da pandemia da
covid-19. Ele voltou criticar a adoção dessas medidas e avaliou que elas não
fizeram efeito na contenção da curva de contaminação.
"Eu já disse, 70% da
população vai ser infectada [pelo novo coronavírus]. Pelo que parece, pelo que
estamos vendo agora, todo o empenho para achatar a curva praticamente foi
inútil. Agora, efeito colateral disso: desemprego. O povo quer voltar a
trabalhar. Todo mundo sabe que, quanto mais jovem, menos problemas tem de ter
uma consequência danosa em sendo infectado pelo vírus", afirmou Bolsonaro
durante sua live semanal,
transmitida pelo Facebook.
Medidas de isolamento
social, como fechamento de comércio não essencial, suspensão de aulas
presenciais e aglomerações, estão entres as principais ações defendidas pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotadas por autoridades sanitárias de
vários países, como forma de conter o avanço da covid-19. O Brasil
contabiliza mais de 85,3 mil casos oficiais notificados e quase 6 mil
mortes pela novo coronavírus, segundo atualização mais recente do Ministério da
Saúde.
Nomeação na PF
Durante a live, Bolsonaro voltou a
defender a nomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal
e fez um apelo para que o Supremo Tribunal Federal (STF) reveja a decisão que
suspendeu a indicação e posse do delegado no cargo.
"Eu faço um apelo ao
ministro do STF, aos demais ministros, não é por mim, é pela vida pregressa
desse homem, pelo seu passado, por tudo aquilo que ele já fez pela pátria, no
combate à corrupção, no combate à criminalidade , que reveja essa situação para
que ele possa assumir", disse o presidente, depois de ler um curriculo de
Ramagem na transmissão.
Na manhã de ontem (29), o
ministro Alexandre de Moraes decidiu suspender o decreto de nomeação e a posse
de Alexandre Ramagem no cargo. Na decisão, o ministro citou declarações do
ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que ao deixar o cargo na semana passada
acusou o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir politicamente na PF.
Ramagem é próximo da família do presidente e atuou em sua segurança pessoal,
após a vitória no segundo turno das eleições.
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