Covid-19: Brasil tem 291.579 casos confirmados e 18.859 mortes
Segundo Ministério da
Saúde, 40% dos pacientes estão recuperados.
Por JONAS VALENTE
da AGÊNCIA BRASIL,
Brasília/DF
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📷 Ueslei Marcelino / Reuters |
De acordo com o balanço
diário do Ministério da Saúde, o número de casos confirmados em 24 horas bateu
recorde, de 19.951. No total, 291.579 pessoas estão infectadas. O resultado
marcou um acréscimo de 7,3% em relação a ontem (19), quando o número de pessoas
infectadas estava em 271.628.
O Brasil teve 888 mortes
registradas nas últimas 24 horas, com 18.859. O resultado representou um
aumento de 4,9% em relação a ontem, quando foram contabilizados 17.971 mil
falecimentos pela covid-19. O número de novos falecimentos foi menor do que o
registrado ontem, quando foram contabilizadas 1.179 mortes.
Do total de casos
confirmados, 156.037 (53,5%) estão em acompanhamento e 116.683 (40%) foram
recuperados. Há ainda 3.483 mortes em investigação.
São Paulo se mantém como
epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos
(5.363). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (3.237), Ceará (1.900),
Pernambuco (1.834) e Amazonas (1.561).
Além disso, foram
registradas mortes no Pará (1.633), Maranhão (634), Bahia (362), Espírito Santo
(341), Alagoas (251), Paraíba (230), Minas Gerais (177), Rio Grande do Norte
(170), Rio Grande do Sul (161), Amapá (142), Paraná (137), Santa Catarina (94),
Rondônia (90), Piauí (87), Goiás (78), Acre (76), Distrito Federal (77),
Sergipe (69), Roraima (64), Tocantins (42), Mato Grosso (32) e Mato Grosso do
Sul (17).
Já em número de casos
confirmados, o ranking tem São Paulo (69.859), Ceará (30.560), Rio de Janeiro
(30.372), Amazonas (23.704) e Pernambuco (22.560). Entre as unidades da
federação com mais pessoas infectadas estão ainda Pará (18.135), Maranhão
(15.114), Bahia (11.197), Espírito Santo (8.092) e Paraíba (5.838).
Em termos de comparação
absoluta, o mapa global da universidade Johns Hopkins mostra que o Brasil
ocupa a terceira posição em casos confirmados, atrás da Rússia (308,7 mil)
e Estados Unidos (1,54 milhão).
No número de mortes, o
país ocupa a sexta posição, atrás de Espanha (27.888), França (28.135), Itália
(32.330), Reino Unido (35.785), Estados Unidos (93.163).
Nos dois indicadores, é
preciso considerar também a população dos países, uma vez que o Brasil é mais
populoso do que nações como Reino Unido, Itália e Espanha. Até o início da
noite de hoje, já haviam sido registrados 4,96 milhões de casos confirmados em
todo o mundo.
Cloroquina
Em entrevista coletiva no
Palácio do Planalto, representantes do Ministério da Saúde apresentaram o novo documento de orientações para o uso da cloroquina e
da hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19, divulgado hoje (20). O tema
gerou polêmica, pois até o momento não há evidências comprovadas sobre a
eficácia do medicamento, e era motivo de divergências entre o presidente Jair
Bolsonaro e dos então ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.
Anteriormente, a pasta
havia elencado a possibilidade de uso, mas para casos graves, diante dos
riscos de complicações cardíacas. No dia 7 de abril, o então ministro Luiz
Henrique Mandetta declarou que a droga poderia ser utilizada “inclusive em
outros casos” (sintomas leves) a depender da decisão do médico.
A secretária de Gestão do
Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Ribeiro, afirmou que a diferença do
documento anunciado hoje traz uma “orientação a partir da definição do CFM
[Conselho Federal de Medicina] de que médicos precisam ter livre
arbítrio”.
“Hoje orientamos que
prescrições possam ser feitas e oferecemos esse medicamento. Quando temos
alternativas cujos estudos mostram resultados promissores. O que o Ministério
da Saúde está orientando não é a autoprescrição, mas o direito para que
todos possam ter o acesso à medicação a partir da avaliação presencial”, disse
Mayra Ribeiro, pontuando que o medicamento passará a ser ofertado pelo Sistema
Único de Saúde (SUS).
A secretária argumentou
que foram utilizados como referência protocolos e medidas em outros países
favoráveis a este tratamento, mas não detalhou entidades ou países que
usam cloroquina e hidroxicloroquina para casos de sintomas leves.
O secretário executivo
substituto, Élcio Franco, afirmou que a diretriz foi “pactuada” com conselhos
dos secretários estaduais e municipais e com a Sociedade Brasileira de
Cardiologia.
Questionado durante a
entrevista sobre a falta de evidências científicas acerca da eficácia do
medicamento, respondeu: “todos sabem que estudos científicos demandam tempo. Se
esperarmos que sejam seguidos todos os passos, já vai ter acabado a epidemia e
milhares de pessoas morrerão”, declarou Franco.
Leitos de UTI
A equipe do Ministério da
Saúde informou que já foram habilitados 6.152 leitos de UTI para uso exclusivo
de tratamento da covid-19 durante a pandemia. A habilitação é o procedimento
pelo qual o órgão reconhece o leito de um estado ou município e passa a ser
responsável pelo custeio deste. De acordo com a pasta, a diária para arcar com
estas despesas foi dobrada, de R$ 800 para R$ 1,6 mil.
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