Covid-19: Brasil passa da marca de mil mortes registradas por dia
No total, 271.628 pessoas
foram infectadas; 39% estão recuperadas.
Por JONAS VALENTE
da AGÊNCIA BRASIL,
Brasília/DF
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📷 Pilar Oliveres / Reuters |
O Brasil bateu recorde de
mortes registradas em um dia em razão da covid-19, com 1.179. No total, 17.971
pessoas já perderam a vida em por causa da doença. O resultado representou um
aumento de 7% em relação a ontem (18), quando foram contabilizados 16.792 mil
falecimentos pela covid-19. A letalidade (número de mortes por quantidade
de casos confirmados) ficou em 6,6% e a mortalidade (número de óbitos pela
quantidade da população) foi de 8,6%.
O balanço diário do
Ministério da Saúde registrou também recorde de novos casos confirmado em 24
horas, com 17.408. No total, 271.628 pessoas foram infectadas. O resultado
marcou um acréscimo de 6,8% em relação a ontem, quando o número de pessoas
infectadas estava em 254.220.
Do total de casos
confirmados, 146.863 (54%) estão em acompanhamento e 106.794 (39,3%) foram
recuperados. Há ainda 3.319 mortes em investigação. O número marca um aumento
em relação aos últimos números para este indicador, que davam entre 2.000 e
2.300 falecimentos em investigação.
São Paulo se mantém como
epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos
(5.147). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (3.079), Ceará (1.856),
Pernambuco (1.741) e Amazonas (1.491).
Além disso, foram
registradas mortes no Pará (1.519), Maranhão (604), Bahia (326), Espírito Santo
(325), Alagoas (231), Paraíba (219), Minas Gerais (167), Rio Grande do Norte
(160), Rio Grande do Sul (151), Amapá (136), Paraná (129), Santa Catarina (91),
Piauí (85), Rondônia (87), Goiás (73), Acre (72), Distrito Federal (72),
Sergipe (63), Roraima (61), Tocantins (38), Mato Grosso (32) e Mato Grosso do
Sul (16).
Já em número de casos
confirmados, o ranking tem São Paulo (65.995), Ceará (28.112), Rio de Janeiro
(27.805), Amazonas (22.132) e Pernambuco (21.242). Entre as unidades da
federação com mais pessoas infectadas estão ainda Pará (16.295), Maranhão
(14.198), Bahia (11.013), Espírito Santo (7693) e Santa Catarina (5.413).
Em termos de comparação
absoluta, segundo o mapa global da universidade Johns Hopkins, mais atualizado
do que o mantido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil passou o
Reino Unido e ocupou a terceira posição em casos confirmados de covid-19, atrás
da Rússia (299,941 mil) e Estados Unidos (1,52 milhão).
No número de mortes, o
Brasil ocupa a sexta posição, atrás de Espanha (27.778), França (28.025),
Itália (32.169), Reino Unido (35.422), Estados Unidos (91.661).
Nos dois indicadores, é
preciso considerar também a população dos países, uma vez que o Brasil é mais
populoso do que nações como Reino Unido, Itália e Espanha. Até o início da
noite de hoje, já haviam sido registrados 4,88 milhões de casos confirmados de
covid-19 no mundo.
Atendimento psicológico
Em entrevista no Palácio
do Planalto, representantes do Ministério da Saúde anunciaram que começou hoje
o atendimento psicológico a distância para os profissioanis de saúde. O
projeto, chamado de Telepsi, é uma iniciativa em parceria com o Hospital das
Clínicas de Porto Alegre e com a Universidade Federal do Rio Grande do
Sul (UFRGS).
Os trabalhadores da saúde
que desejarem acessar o serviço de atendimento devem ligar para 0800 644 6543.
As consultas serão realizadas semanalmente com o mesmo psicólogo. Caso haja
necessidade de medicação, haverá o encaminhamento presencial para um psiquiatra.
A expectativa é fornecer o serviço a 10 mil profissionais.
“O projeto do Telepsi vai
também atender profissionais do Brasil Conta Comigo, de todas as áreas da
saúde. A intenção é que a gente possa prestar assistência a todos os
profissionais que estejam precisando”, disse a diretora substituta do
departamento de Ações Programáticas Estratégicas do Ministério da
Saúde, Maria Dilma Teodoro.
Doação de leite materno
A equipe do Ministério da
Saúde aproveitou a entrevista para lançar uma campanha de doação de leite
materno, que visa ampliar o estoque. Segundo o órgão, de janeiro a abril o
número de mulheres que se dispuseram a contribuir caiu de 61 mil para 58 mil.
O leite materno é
fornecido a crianças prematuras internadas, que não podem ser amamentadas. Além
disso, alimentam crianças e ajudam a diminuir o risco de doenças, como diabetes
e obesidade. Cada pote de 300 ml pode alimentar até 10 recém-nascidos.
Toda mulher pode doar,
mas diante da pandemia, o Ministério da Saúde colocou algumas restrições
nas orientações. “A doação deve ser evitada se tiver sintoma de gripe ou morar
com alguém que apresente sintomas”, explicou a secretária substituta de Atenção
Primária à Saúde, Daniela Ribeiro.
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