Incêndio no Ninho do Urubu faz um ano
Tragédia deixou 10
adolescentes mortos e três feridos.
Por AGÊNCIA BRASIL,
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📷 Ricardo Moraes/Reuters/direitos reservados |
O incêndio no Ninho do
Urubu, o centro de treinamento do Flamengo, que deixou 10 adolescentes mortos e
três feridos, completa um ano hoje e pode ter novos desdobramentos judiciais a
partir deste mês, com novas ações sendo apresentadas pelo Ministério Público do
Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), a Defensoria Pública e a defesa das famílias
das vítimas.
A reparação ao núcleo
familiar dos atletas vem sendo tratada na esfera cível, e as responsabilidades
sobre o incêndio, na criminal, que depende de novos esclarecimentos pedidos
pelo MP-RJ à Polícia Civil.
Oito pessoas haviam sido
indiciadas pela polícia por homicídio e tentativa de homicídio com dolo
eventual no fim do primeiro semestre do ano passado, antes de o MP pedir
investigações adicionais à Polícia Civil, que foram concluídas em agosto. O
caso voltou ao MP e continuou até dezembro, quando foram solicitadas à polícia
informações sobre fatos novos adicionados ao inquérito.
O prazo para a polícia
devolver novamente o caso à promotoria é de 45 dias e acaba neste mês. A partir
das provas colhidas e reunidas em 11 volumes de inquérito, o Grupo de Atuação
Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor do MP-RJ deve oferecer denúncia
criminal à Justiça. Assim como o MP-RJ, parte das famílias desses adolescentes
também havia decidido aguardar a conclusão do inquérito para entrar na Justiça
com ações individuais contra o Flamengo. Somente uma mãe de vítima processou o
clube até agora.
O incêndio ocorreu durante a noite, no alojamento das categorias de base, que ficava em contêineres no próprio centro de treinamento. A maioria dos atletas conseguiu sair com vida, mas morreram naquele dia Athila Paixão, de 14 anos, Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, de 14 anos, Bernardo Pisetta, de 14 anos, Christian Esmério, de 15 anos, Gedson Santos, de 14 anos, Jorge Eduardo Santos, de 15 anos, Pablo Henrique da Silva, de 14 anos, Rykelmo de Souza Vianna, de 16 anos, Samuel Thomas Rosa, de 15 anos, e Vitor Isaías, de 15 anos.
O incêndio ocorreu durante a noite, no alojamento das categorias de base, que ficava em contêineres no próprio centro de treinamento. A maioria dos atletas conseguiu sair com vida, mas morreram naquele dia Athila Paixão, de 14 anos, Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, de 14 anos, Bernardo Pisetta, de 14 anos, Christian Esmério, de 15 anos, Gedson Santos, de 14 anos, Jorge Eduardo Santos, de 15 anos, Pablo Henrique da Silva, de 14 anos, Rykelmo de Souza Vianna, de 16 anos, Samuel Thomas Rosa, de 15 anos, e Vitor Isaías, de 15 anos.
No processo que corre na 1ª Vara Cível da Barra da Tijuca, o Ministério Público
e a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro conseguiram uma decisão em
dezembro que obriga o Flamengo a pagar R$ 10 mil mensais a cada uma das
famílias de mortos ou feridos na tragédia. O Flamengo já vinha pagando R$ 5 mil
às famílias antes da decisão. Segundo o defensor público Eduardo Chow, do
Núcleo de Defesa do Consumidor, a ação em questão é cautelar, e a defensoria
trabalha agora em um pedido definitivo de reparação, que vai definir um valor
indenizatório ao final do processo. Além do processo coletivo, a defensoria
também é responsável pela defesa da família de Samuel Thomas Rosa.
Defensoria e MP-RJ chegaram a elaborar um modelo coletivo de indenização logo após a tragédia, propondo valores mínimos para a reparação, que foram considerados razoáveis pelas famílias na época. A iniciativa teve como base o programa indenizatório das vítimas do voo 447 da Air France, que caiu no oceano em 2009, e os órgãos defenderam que o Flamengo pagasse uma indenização de ao menos R$ 2 milhões a cada um dos núcleos familiares das vítimas do incêndio. Além disso, deveria pagar uma pensão mensal de R$ 10 mil a cada uma dessas famílias, até a data em que as vítimas completem 45 anos.
Defensoria e MP-RJ chegaram a elaborar um modelo coletivo de indenização logo após a tragédia, propondo valores mínimos para a reparação, que foram considerados razoáveis pelas famílias na época. A iniciativa teve como base o programa indenizatório das vítimas do voo 447 da Air France, que caiu no oceano em 2009, e os órgãos defenderam que o Flamengo pagasse uma indenização de ao menos R$ 2 milhões a cada um dos núcleos familiares das vítimas do incêndio. Além disso, deveria pagar uma pensão mensal de R$ 10 mil a cada uma dessas famílias, até a data em que as vítimas completem 45 anos.
Acordos
O clube recusou a
proposta e partiu para a negociação individual com cada família. Nesse
processo, o Flamengo conseguiu fechar acordos de indenização com todos os
sobreviventes do incêndio e com as famílias de Athila, Gedson e Vitor Isaias.
Além deles, o pai de Rykelmo aceitou a proposta de acordo com o clube, enquanto
a mãe decidiu processar o Flamengo. Entre os demais, existe a expectativa de
que a conclusão das investigações pode trazer dados novos para as ações. Em
alguns casos, os pedidos que serão enviados aos tribunais já estão prontos,
somente à espera do encerramento da apuração.
Flamengo reconhece
responsabilidade
Em vídeo publicado no
último sábado (2) em suas redes sociais, o Flamengo classifica a tragédia como
a maior da história do clube e afirma reconhecer sua responsabilidade, independentemente
de culpa. "Para nós do Flamengo, nos aparenta ter sido um lamentável
acidente, mas temos responsabilidade como guardiões dos adolescentes",
disse o vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee de
Abranches. No vídeo, além de Dunshee, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim,
e o CEO, Reinaldo Belotti, respondem a perguntas de uma jornalista da equipe de
comunicação do clube durante cerca de 28 minutos. Rodolfo Landim contou na
entrevista que pretende homenagear as vítimas do incêndio com uma área dedicada
a eles na futura capela de São Judas Tadeu, padroeiro do clube, que será
construída no Ninho do Urubu.
CPI do Incêndio
Nesta sexta-feira (7), a
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o incêndio no Ninho do
Urubu, da Assembleia Legislativa do Rio, ouviu familiares das vítimas e um ex-presidente da agremiação. O
presidente do time, Rodolfo Landim, que havia sido convocado, não compareceu à
CPI e poderá ser conduzido de forma coercitiva à próxima sessão.
O presidente da CPI,
deputado Alexandre Knoploch (PSL), determinou que, se ele ou o vice-presidente
jurídico do clube, Rodrigo Dunshee, não comparecerem, Landim será levado sob
força policial.
O único a comparecer foi
o ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello .
Matéria atualizada às
10h11 do dia 8/2
*Colaboraram as
repórteres Akemi Nitahara e Lígia Souto
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