Piloto do Enem Digital pode ter 100 mil participantes, diz ministro
Plano inicial era de que
fossem 50 mil os inscritos nessa etapa.
Por PEDRO PEDUZZI
da AGÊNCIA BRASIL,
Brasília/DF
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📷 Agência Brasil / EBC |
O ministro da Educação,
Abraham Weintraub, disse hoje (7) ter a expectativa de que chegue a 100 mil o
número de vagas destinadas ao projeto piloto do Enem Digital – plataforma por meio da
qual o Exame Nacional do Ensino Médio será feito via internet. Inicialmente, a
expectativa era de que o piloto do programa abrangesse 50
mil vagas.
“O Enem Digital vai
entrar em vigor este ano em 15 capitais como projeto piloto voluntário, para
alguma coisa entre 50 e 100 mil vagas. E depois, no futuro, espalhá-lo pelo
Brasil todo”, disse hoje Weintraub, ao participar do Revista Brasil, programa
da Rádio
Nacional de Brasília ancorado pelo jornalista Valter
Lima, veiculado pela Empresa
Brasil de Comunicação (EBC). Cerca de 3,9
milhões de candidatos participaram da edição 2019 do exame.
Para o governo, o Enem
Digital vai permitir a utilização de novos tipos de questões com vídeos,
infográficos e até a lógica dos games.
A sequência do programa, no entanto, depende da estruturação das escolas
públicas brasileiras, em especial de seus laboratórios de informática.
“Levaremos informática
para todas as escolas do Brasil. Este ano já vamos cobrir quase tudo, mas ao
longo do tempo o pessoal terá laboratório de informática e estará preparado
para fazer o Enem Digital, porque não adianta passarmos para o Enem Digital sem
dar condições de competição para o filho de quem não tem internet nem
computador. Por isso, ao longo deste governo, o Enem passará a ser 100%
digital. Mas isso será feito de forma gradual”, acrescentou o ministro.
Segundo ele, ao final do
processo, o Enem Digital proporcionará grande economia de dinheiro público, uma
vez que, quando feito no papel, o exame acaba sendo mais caro por conta de sua
logística.
“Quando digitalizar tudo,
o Enem ficará mais barato. A pessoa poderá marcar com antecedência o dia que
vai fazê-lo, além de não ter problema caso perca o prazo. Caso tenha problema,
ele pode remarcá-lo, sem risco de perder o ano”, acrescentou o ministro.
Previsões para 2020
Ainda durante a
entrevista, Weintraub fez algumas projeções sobre as ações que serão
implementadas por sua pasta em 2020. “A gente arrumou a casa e agora
começaremos a entregar resultados”, disse.
“Por exemplo, na parte de
bolsas não apenas estamos mantendo como ampliando-as. Criamos novas bolsas para
pesquisar especificamente crises ambientais como derramamento de óleo. Foi
criada uma bolsa só para isso. Tem também a ampliação do programa de apoio a
pós-graduação para a Amazônia Legal stricto sensu [mestrado e doutorado]”,
disse.
Segundo ele, a ideia é,
ao longo do ano, avançar no sentido de melhor distribuir bolsas pelo território
nacional, de forma a beneficiar localidades que historicamente são menos
atendidas. Weintraub destacou também a criação de um portal de periódicos que
disponibilizará os principais jornais e revistas científicos.
“E no programa de
formação de professores, além de mantermos todos programas, estamos fazendo a
parte de formação de professores da educação básica no exterior, principalmente
nos Estados Unidos, Canadá, e agora, entrando também, a Irlanda. Dessa forma, a
pessoa poderá sofisticar seu inglês, ver outras realidades e trazer isso para
ensinar nossas crianças”.
Ainda de acordo com o
ministro, a capacitação e o treinamento dos professores virão junto com a
valorização da profissão, “que terá seu piso salarial aumentado em 12% este
ano”.
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