MP denuncia 16 pessoas por homicídio doloso por tragédia de Brumadinho
Entre denunciados estão
funcionários da Vale e da TUV SUD.
Por ANDREIA
VERDÉLIO da AGÊNCIA BRASIL,
Brasília/DF
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📷 REUTERS/Washington Alves/Direitos Reservados |
O Ministério Publico de
Minas Gerais (MPMG) denunciou hoje (21) o ex-presidente da Vale, Fabio
Schvartsman, e mais dez funcionários da mineradora pelo rompimento da barragem
da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, no ano passado. De acordo com o
MP, os denunciados devem responder na Justiça pelo crime de homicídio doloso,
quando há intenção de matar, porque teriam responsabilidade na morte de 270
pessoas, que foram soterradas pela avalanche de rejeitos da represa.
Segundo o MP, cinco
funcionários da empresa TÜV SÜD, que também foram denunciados, auxiliaram a
Vale na emissão de declarações falsas de estabilidade da barragem do Córrego do
Feijão.
Em coletiva de imprensa,
realizada em Belo Horizonte, os promotores responsáveis pela investigação
afirmaram que a Vale tinha conhecimento da falta de segurança da barragem e que
a empresa tinha uma "lista sigilosa" na qual estava listava a
"situação inaceitável" de segurança do local. Desde a tragédia, o
Corpo de Bombeiros permanece realizando buscas para encontrar os corpos. A
barragem se rompeu em janeiro de 2019, resultando em mortes e na destruição de casas e equipamentos públicos
na cidade, que fica próxima à capital mineira, Belo Horizonte.
Em nota à imprensa, a TÜV
SÜD informou que está cooperando com as autoridades e reiterou o
"compromisso em ver os fatos sobre o rompimento da barragem
esclarecidos". A Vale ainda não se manifestou sobre a denúncia.
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