Justiça e Educação financiarão pesquisas em segurança pública
Estão previstos R$ 10,1
milhões para o programa.
Por ALEX RODRIGUES
da AGÊNCIA BRASIL,
Brasília/DF
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📷 Marcelo Camargo / Agência Brasil |
Os ministérios da Justiça
e Segurança Pública e da Educação lançaram hoje (8), em Brasília, o Programa
Nacional de Cooperação Acadêmica em Segurança Pública e Ciências Forenses
(Procad).
Com investimento de R$
10,1 milhões, a iniciativa deve beneficiar pesquisadores que desenvolvam
estudos de mestrado, doutorado e pós-doutorado com vista à melhoria das ações
em segurança pública.
Do montante total
previsto, R$ 6 milhões virão do caixa da Secretaria Nacional de Segurança
Pública (Senasp), ao longo de quatro anos; R$ 2,1 milhões da Polícia Federal
(PF) e R$ 2 milhões da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Capes).
A previsão é que o edital
de seleção de projetos seja publicado nos próximos dias. A partir daí,
interessados vinculados a uma das 400 instituições de ensino públicas, privadas
e comunitárias que mantêm cursos de pós-graduação supervisionados pela
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) poderão se
candidatar a uma bolsa. Os valores das bolsas variam conforme o nível
acadêmico, sendo de R$ 1.500 para alunos de mestrado; R$ 2.200 para doutorado e
R$ 4.100 para pós-doutorado.
"Esse programa está
inserido na mudança do modelo de avaliação que a Capes vem empreendendo,
buscando maior impacto social [com o financiamento] a temas que beneficiem
diretamente a sociedade e possibilitem maior interação das universidades com a
sociedade", disse o presidente da Capes, Anderson Correia.
Parcerias
Durante a cerimônia de
lançamento do programa, realizada esta manhã, no Ministério da Educação, o
ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, classificou a iniciativa
como uma oportuna e relevante parceria. Moro também destacou que, além dos
recursos provenientes da Senasp, órgãos vinculados ao ministério, como a
Polícia Federal, disponibilizarão seus laboratórios e profissionais para a
realização das pesquisas contempladas pela iniciativa.
"Este projeto vem em
boa hora. Investimentos em segurança pública são demandados; construções no
âmbito da segurança são necessárias, e é sempre importante contar com
conhecimentos científicos a respeito destes temas", comentou Moro,
destacando a possibilidade de financiamento a estudos no campo jurídico.
O ministro da Educação,
Abraham Weintraub, defendeu a importância da ação. "Acho que esta é uma
área de total interesse da sociedade. A segurança pública está entre as
prioridades do povo brasileiro, das famílias", disse Weintraub, explicando
que o total de bolsas dependerá da proporção de estudantes de cada nível
qualificados. "De qualquer forma, será um número expressivo de
pesquisadores dedicados ao tema, com os laboratórios e a expertise do Ministério
da Justiça [à disposição]."
Temas
A seleção dos temas das
pesquisas e dos pesquisadores será feita por consultores da Capes. A autarquia
fará, em conjunto com a PF, a avaliação dos resultados dos estudos. Cada
projeto poderá permanecer em pesquisa por até cinco anos. Além disso, as teses
produzidas serão disponibilizadas no Portal de Periódicos, que a Capes mantém
na internet.
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