Instituições financeiras estimam inflação de 4,13% em 2019
Projeções para o
crescimento do PIB foram mantidas.
Por AGÊNCIA BRASIL,
Brasília/DF
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📷 Marcello Casal Jr. / Agência Brasil |
Instituições financeiras
consultadas pelo Banco Central (BC) aumentaram a estimativa de inflação para
2019, pela nona vez seguida. As previsões para o crescimento da economia em
2019 e 2020 foram mantidas.
A projeção para o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, a inflação oficial do país),
desta vez, subiu de 4,04% para 4,13%. O Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) divulgará, na próxima sexta-feira (10), o IPCA de 2019.
A informação consta do
Boletim Focus, pesquisa semanal do BC com as projeções de instituições para os
principais indicadores econômicos.
Para 2020, a estimativa
de inflação caiu de 3,61% para 3,60%. A previsão para os anos seguintes também
não teve alterações: 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022.
As projeções para 2019 e
2020 estão abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo
BC. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é
4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de
tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Selic
Para alcançar a meta de
inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de
juros, a Selic, atualmente definida em 4,5% ao ano pelo Comitê de Política
Monetária (Copom).
De acordo com as
instituições financeiras, no fim de 2020 a expectativa é que a taxa básica
também esteja em 4,5% ao ano. Para 2021, as instituições estimam que a Selic
encerre o período em 6,5% ao ano. A estimativa anterior era 6,38% ao ano. Para
o final de 2022, a previsão segue em 6,5% ao ano.
Copom
Quando o Copom reduz a
Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção
e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade
econômica.
Quando o Copom aumenta a
taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa
reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam
a poupança. A manutenção da Selic indica que o Copom considera as alterações
anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.
Atividade econômica
A projeção para a
expansão do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços
produzidos no país) foi mantida em 1,17% em 2019 e em 2,3% em 2020. O IBGE só
divulgará o PIB de 2019 no fim de março. Para os anos seguintes, não houve
alteração em relação à pesquisa anterior: 2,5% em 2021 e 2022.
Dólar
A projeção para a cotação
do dólar aumentou de R$ 4,08 para R$ 4,09, no fim de 2020, e permanece em R$ 4
no encerramento de 2021.
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