Justiça decreta prisão preventiva de quatro pessoas por homicídio em Lages
Os quatro foram
denunciados pelo MPSC por, supostamente, terem matado um homem e o jogado no Rio Caveiras
próximo à Ponte Velha no final de junho deste ano.
Por LD,*
Lages/SC
![]() |
📷 Ponte Velha, na antiga BR-2, no interior de Lages, local onde o corpo de um homem foi encontrado no início de julho. (Foto: Maurício Santos / Arquivo / LD Comunicação) |
A Justiça determinou
nesta sexta-feira (20), em Lages, a prisão preventiva de três policiais
militares e um outro acusado, por supostamente, segundo denúncia do Ministério
Público de Santa Catarina (MPSC) terem matado um homem no final de junho deste
ano. O corpo da vítima foi encontrado no dia 1º de julho, com diversas lesões
na região da cabeça no Rio Caveiras, na Ponte Velha na divisa de Lages e Capão
Alto.
A decisão do juízo em
decretar a prisão preventiva se deu para assegurar a eficácia das investigações
dos crimes de homicídio triplamente qualificado, pelo motivo torpe, meio cruel
e surpresa, ocultação de cadáver, além de inserção de dados falsos, por parte
de dois policiais.
A investigação chegou a
um suspeito, que havia gravado um vídeo da vítima assumindo a prática de furtos
em sua residência. Também foi apurado que no dia 28 de junho uma viatura da
Polícia Militar esteve na casa, oportunidade em que foram ouvidos gritos.
Durante interrogatório, o
suspeito confessou que teria matado a vítima com a participação dos policiais
militares. Um deles teria dado um golpe na vítima o deixando quase desacordado
e depois de arrastá-lo, iniciaram as agressões que culminaram na morte do mesmo
que foi colocado em um porta malas de um veículo e levado até a ponte velha
onde foi jogado no rio.
Há provas de
materialidade e autoria dos delitos extraídas através de declarações de
testemunhas, câmeras de videomonitoramento, reprodução simulada dos fatos,
laudos periciais, interceptação telefônica, além da confissão parcial de um dos
réus.
Garantir a segurança de
testemunhas
A decisão judicial diz
que a liberdade dos acusados representa perigo por conta de possíveis
intimidações às testemunhas. “Nas interceptações telefônicas foram constatadas
diversas conversas entre os denunciados buscando engendrar formas de livrar-se
da investigação e da responsabilização criminal dela decorrente, inclusive, trocando
informações sobre uma das testemunhas, dando a entender que pretendiam ceifar
sua vida”.
Polícia Militar emite
nota à respeito da decretação de prisão preventiva de policiais
“NOTA OFICIAL – PMSC
Sobre a prisão preventiva de três
policiais militares decretadas pela Justiça de Santa Catarina, na sexta-feira,
20, a Polícia Militar em Lages, esclarece que:
(1) – No
dia 11 de julho de 2019, tão logo tomou conhecimento dos fatos, a PMSC por
intermédio do Comando do 6º Batalhão de Polícia Militar em Lages, providenciou
a instauração do necessário Inquérito Policial Militar e colaborou com as
apurações outrora em curso junto à Polícia Civil, as quais alicerçaram a
expedição dos respectivos mandados de prisão na modalidade cautelar;
(2) - Cabe destacar também que já foram tomadas as
medidas para o cumprimento das decisões judiciais;
(3) - A instituição tem a missão constitucional de
garantir os direitos e preservar a ordem pública;
(4) –
Por essa razão, a Polícia Militar de Santa Catarina reitera que não compactua
com desvios de conduta e se posiciona intransigente com a ilegalidade.
Lages/SC, 20 de setembro de 2019
Polícia Militar de Santa Catarina”
Os mandados de prisão
referentes aos policias militares devem ser cumpridos pelo comando do 6º
Batalhão de Polícia Militar (Lages) e os PMs encaminhados para a sede da
corporação, no bairro São Cristóvão. Já o outro réu, pela Polícia Civil.
O processo segue em
segredo de Justiça.
*Com informações de Taina Borges, do NCI/TJSC e, da Catarinas Comunicação.
Comentários
Postar um comentário