Ataque de grupo armado durante consulta opositora deixa dois mortos em Caracas
Consulta
popular da oposição é sobre o processo Constituinte promovido pelo governo de
Nicolás Maduro.
Por AGÊNCIA
EFE,
em Caracas,
Venezuela
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📷 Juan Barreto / AFP |
A
|
o todo, duas pessoas morreram e quatro ficaram gravemente feridas no oeste
de Caracas neste domingo (16), depois que um grupo de homens armados atirou
durante a realização da consulta popular da oposição sobre o processo
Constituinte promovido pelo governo. Segundo a Agência EFE, a informação foi
passada pelo chefe de campanha do plebiscito e prefeito do município de Sucre,
Carlos Ocariz.
“Há pouco, um incidente
em Catia. Paramilitares dispararam. Há 4 feridos gravemente e 2 mortos”,
escreveu o governante no Twitter.
O incidente foi
confirmado pelo Observatório Venezuelano da Agitação Social (OVCS): “Grupos
Paramilitares atiraram em Catia. Cidadãos se escondem na Igreja El Carmen, na
Avenida Sucre.”
A Avenida Sucre, no setor
Catia, abriga um dos pontos habilitados para a consulta. De acordo com Ocariz,
uma investigação já foi solicitada ao Ministério Público.
O líder opositor Henrique
Capriles, por sua vez, publicou um vídeo na mesma rede social mostrando o
tumulto na porta da igreja e o barulho dos disparos.
“O desespero de
@nicolasmaduro e da sua cúpula corrupta que mandaram os seus grupos
paramilitares para assassinar o nosso povo em Catia!”, escreveu ele.
A consulta, que não é
reconhecida pelo governo nem pelo Poder Eleitoral, ocorria normalmente. Os
organizadores tinham expressado temores de possíveis atos de violência dos
chamados “coletivos”, grupos chavistas às vezes armados que atacaram a
Assembleia Nacional (AN, Parlamento), de maioria opositora, ferindo vários
deputados no dia 5.
Na consulta, o cidadão é
perguntado se aprova ou rejeita a Assembleia Constituinte, que acontecerá no
próximo dia 30 e é vista pela oposição como uma tentativa do governo de
“consolidar uma ditadura” na Venezuela. Na cédula o venezuelano também deve
responder se a população deseja a convocação de eleições para a renovação dos
poderes públicos e se gostaria de que todos os funcionários públicos e as
Forças Armadas obedecessem e defendessem a Constituição de 1999.
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