Saúde
Farmácia Básica é reabastecida com medicamentos em caráter emergencial
O problema da falta de medicamentos se
arrasta desde janeiro. Os estoques estavam praticamente zerados quando a nova
equipe da administração municipal assumiu a gestão. Também não havia sido
encaminhado um processo licitatório
Por ASCOM
PML,
em Lages/SC
📷 Carlos Alberto Becker / ASCOM PML |
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as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (23) pessoas
já formavam filas na Farmácia Básica do município, vinculada à Secretaria da
Saúde. O motivo da aglomeração foi a chegada de uma carga de remédios para
renovar o estoque, que estava em situação precária.
O problema decorrente da
falta de medicamentos básicos se arrasta desde janeiro deste ano e chegou a uma
situação crítica. De acordo com o diretor administrativo da Secretaria, Rafael
Peletti, os estoques estavam praticamente zerados quando a nova equipe da
administração municipal assumiu a gestão. Também não havia sido encaminhado um
processo licitatório para a aquisição de mais remédios, processo que
normalmente é moroso e, dependendo do número de recursos solicitados pelos
concorrentes, pode ultrapassar os 90 dias.
📷 Carlos Alberto Becker / ASCOM PML |
Foi necessário iniciar
todo o processo, desde o quantitativo e orçamentos, para realizar uma compra
emergencial, com dispensa de licitação para que a Farmácia Básica pudesse
atender a demanda. “Recebemos o almoxarifado com estoque de medicamentos muito
reduzido e a maioria dos funcionários de férias, dificultando a agilidade em
montar o processo de compra. Fizemos uma verdadeira força-tarefa, com um
mutirão entre os funcionários, para conseguir tomar as providências o mais
rápido possível”, afirma Peletti.
O contrato emergencial
com seis fornecedores foi homologado no dia 6 de março, no valor de R$ 310 mil.
A compra compõe 83 itens de medicamentos, dos quais já foram entregues 54 e
outros nove devem chegar até segunda-feira (27). O restante chegará nos próximos
dias, conforme o compromisso firmado com outros fornecedores. “Os próprios
fornecedores também apresentam problemas, pois nem sempre eles têm os
medicamentos solicitados no estoque. Mas temos muitas parcerias, até mesmo com
hospitais, que nos emprestam medicamentos ou fazem um adiantamento para que
possamos amenizar a situação”, declara o diretor.
A demanda de pessoas que
procuram pelos remédios aumenta a cada semana, não dando condições de se ter
uma previsão precisa do estoque para os próximos meses. A expectativa de que o
alívio à população, que busca por medicamentos todos os dias, seja de
aproximadamente um mês e meio, até que a licitação que está em andamento esteja
concluída ou ao menos bastante adiantada. Este processo licitatório para
aquisição de remédios deve atender, além da Farmácia Básica, o Centro de
Atenção Psicossocial (Caps), o Pronto-Atendimento Tito Bianchini, a Policlínica
e todas as 23 Unidades Básicas de Saúde (UBSs).